O líder sai da frente, Ricciardo surpreende na 1ª fila, os Ferrari pressionam da 2ª fila mas garantem início forte e Hamilton nem foi à pista e sai de último.
Nico Rosberg garantiu a 23ª pole da sua carreira, batendo os Ferrari e beneficiando de problemas no carro do seu colega e rival Lewis Hamilton, para levar vantagem na Qualificação do GP da China. Uma sessão que trouxe de modo surpreendente o Red Bull de Daniel Ricciardo até à 1ª fila.
Nico Rosberg passa a marcar 23 poles na carreira, menos uma que Niki Lauda e Nelson Piquet. Nico lidera o mundial consegue o melhor a que podia aspirar. A chance de se defender na largada dos dois Ferrari e ter uma vantagem superlativa sobre Hamilton que levará algumas voltas a ultrapassar todo o pelotão.
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Hamilton já estava destinado a perder 5 posições na grelha após a sessão, por mudança prematura da caixa de velocidades do W07. Mas o pior estava para vir, com uma falha no sistema híbrido do motor Mercedes. A unidade que permite a recuperação de energia teve um problema antes da sessão e o campeão nem sequer saiu para a pista. Vai sair da 22ª posição, o que já não acontecia desde o GP da Hungria de 2014, quando conseguiu chegar em 3º. Mas desta vez, com a actual realidade dos pneus, repetir o feito, seria particularmente extraordinário.
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Lewis tentará limitar ao máximo o ganho de pontos de Rosberg, é isso que estará na sua cabeça na corrida que fizer. Na verdade, Hamilton não deve começar sequer de 22º a corrida, ele deve começar da pitlane, proporcionando a chance à escuderia de mexer no acerto do carro até ao último momento de modo a proporcionar maior facilidade nas ultrapassagens que terá de fazer.
Kimi Raikkonen esteve em condições de discutir até ao último momento a qualificação. O finlandês que não obtém pole desde o GP de França de 2008, acabou por não aproveitar a chance ao cometer 2 erros na sua volta final, em particular na última curva, que o levou a perder mesmo a posição de 1ª fila, sendo passado pelo crono de Daniel Ricciardo.
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O companheiro de equipa Sebastian Vettel, optou pela estratégia de tentar apenas uma volta rápida na Q3, poupando assim um jogo de pneus novo para a corrida, aumentando-lhe a gama de opção tática e competitiva em relação à Mercedes. Mas a ideia era ficar com a polé ou a 2ª posição e nunca a 4ª colocação, também fruto de 2 erros cometidos.
Agradeceu aos Ferrari, o australiano Daniel Ricciardo que obteve desta forma a sua melhor posição em grelha desde o GP de Singapura do ano passado. Uma marca surpreendente mesmo para o piloto e equipa. Christian Horner brincou até que só podia ter sido a aerodinâmica do novo corte de cabelo de Daniel. Ele bateu por 55 milésimos Kimi.
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No dia dos 74 anos de Frank Williams, Valtteri Bottas deu o 5º lugar a um carro da sua escuderia. Com o Red Bull de Daniil Kvyat, ambos completam para Domingo a 3ª fila da Grelha.
Sergio Perez foi o sétimo mais rápido com o Force India, à frente dos Toro Rosso de Carlos Sainz Jr e Max Verstappen. Para o GP de domingo será muito interessante ver este duelo entre Force India, Williams e Toro Rosso que dividem o miolo cimeiro da grelha.
O outro dos carros da Force India, o de Nico Hulkenberg faz na sessão 10º. Mas Hulkenberg foi sujeito a 3 lugares de penalização na grelha por um incidente, provocado pela roda mal colocada pela equipa que se despendeu e levou à interrupção da Q2. Ver o momento do incidente, aqui
Muitos pilotos a fazer a sua última tentativa de melhoria e entrada na Q3, como foram os casos de Felipe Massa ou Fernando Alonso. Massa teria chance de passar para o Top10 e a Q3, com apenas 14 milésimas da marca no momento em que o incidente aconteceu. Também Alonso e Button exasperaram ao perceber não ser desta ainda que mostrariam a real evolução do carro.
As fases um e dois da sessão, que viu regressar a versão anterior do formato, com todos os pilotos a terem toda uma manga para usar na tentativa de fugir à eliminação, acabou por tirar também da pista o Renault de Magnussen, o Haas de Gutierrez, os Saubers de Ericsson e Nasr obstáculo da fase de qualificação, graças à final melhorias das Saubers, o outro Renault de Jolyon Palmer e o Manor de Rio Haryanto. Sem crono definido, além de Hamilton que nem saiu à pista, ficou o outro Manor de Pascal Werlhein que vítima de aquaplanning perdeu controlo do carro e levou à primeira das interrupções na qualificação. Uma interrupção ridícula no tempo de espera, para secar a pista no ponto problemático, com processos quase artesanais. E depois, tempos houve, em que a F1 não parava com chuva intensa, fica agora difícil de entender que se espera 15 minutos para secar uma poça de água.
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QUALIFICAÇÃO DO GP DA CHINA
| 1. | Nico Rosberg | Mercedes GP | 1:35.402 |
| 2. | Daniel Ricciardo | Red Bull-Tag Heuer | 1:35.917 |
| 3. | Kimi Raikkonen | Ferrari | 1:35.972 |
| 4. | Sebastian Vettel | Ferrari | 1:36.246 |
| 5. | Valtteri Bottas | Williams-Mercedes | 1:36.296 |
| 6. | Daniil Kvyat | Red Bull-Tag Heuer | 1:36.399 |
| 7. | Sergio Perez | Force India-Mercedes | 1:36.865 |
| 8. | Carlos Sainz | Toro Rosso-Ferrari | 1:36.881 |
| 9. | Max Verstappen | Toro Rosso-Ferrari | 1:37.194 |
| 10. | Nico Hulkenberg | Force India-Mercedes | * Penalizado com mais 3 posições na grelha |
| Q2 | |||
| 11. | Felipe Massa | Williams-Mercedes | 1:37.347 |
| 12. | Fernando Alonso | McLaren-Honda | 1:38.826 |
| 13. | Jenson Button | McLaren-Honda | 1:39.093 |
| 14. | Romain Grosjean | Haas-Ferrari | 1:39.830 |
| 15. | Marcus Ericsson | Sauber-Ferrari | 1:40.742 |
| 16. | Felipe Nasr | Sauber-Ferrari | 1:42.430 |
| Q1 | |||
| 17. | Kevin Magnussen | Renault | 1:38.673 |
| 18. | Esteban Gutierrez | Haas-Ferrari | 1:38.770 |
| 19. | Jolyon Palmer | Renault | 1:39.528 |
| 20. | Rio Haryanto | MRT-Mercedes | 1:40.264 |
| 21. | Pascal Wehrlein | MRT-Mercedes | S/crono |
| 22. | Lewis Hamilton | Mercedes GP | S/crono |
PNEUS
Nico Rosberg passara já ao Q2 com a opção tática de ter calçados no carro os pneus macios. Recorde-se que os pneus em que o Top10 da grelha larga para a corrida são os pneus com que finaliza a Q2. Esta opção traçará o combate tático do GP frente à Ferrari. E aí residirá - no início da prova - grande parte da chance de vitória. A Mercedes pode usar para Rosberg a tática de Macio-Macio-Médio. Se resistir no início do GP à pressão que a Ferrari fizer (e aqui é preciso perceber se Ricciardo que também larga com super-macios resiste e como resiste a Kimi e Vettel). A Ferrari tem 5 a 6 voltas no início para impor a sua vantagem com os pneus que tem e passar para a frente de modo a ter domínio tático no ritmo de corrida. A Mercedes terá que resistir o que conseguir e se não conseguir deverá ser rápida a agir para manter Rosberg na decisão. A Ferrari na 6ª feira deixou indicações de que está muito competitiva nos longos turnos e consegue fazer os seus super-macios durar mais 2 a 3 voltas a um bom ritmo, do que a Mercedes consegue. Ao assumir o risco hoje de poupar um jogo extra para Vettel, que depois perdeu a sua única chance, a Ferrari apostou que possa aumentar a pressão sobre a Mercedes domingo de modo mais evidente. Está garantida uma fortíssima e emocionante marcação tática entre os favoritos, com Ricciardo metido entre eles e Hamilton a passar que nem um louco como puder, de trás para a frente.
Início de corrida às 7h da madrugada - hora de Portugal Continental - , Acompanhamento ao minuto com narração via http://twitter.com/f1rtp e via http://rtp.pt/f1
