Desta feita Nico Rosberg não falhou e converteu a pole em vitória, no regresso da F1 ao México para um Grande Prémio que teve na moldura humana, um destaque fantástico de emoção e paixão pela competição.
Foi a sua primeira vitória em mais de quatro meses, desde o GP da Áustria, para bater o recentemente coroado tri-campeão do mundo, Lewis Hamilton.
Rosberg controlou a corrida desde o início, ganhando na largada sobre Hamilton no arranque e após sprint de 900 metros até à 1ª curva da pista. A partir daí defendeu-se ao longo da prova para manter um domínio que vacilou entre um pouco mais de 1 segundo mas nunca chegando aos 3 segundos. O suficiente para nunca ser realmente atacado.
Mesmo após uma situação que introduziu o safety car a 15 voltas do final, no momento em que Sebastian Vettel se despistou para abandonar, Nico Rosberg no relançamento da corrida voltou a suster o ataque de Hamilton.
Foi assim que concretizou a vitória, de modo justo, enviando uma mensagem para a equipa e para Hamilton. Em 2017 ele estará de novo da luta, depois de o ter perdido pelo 2º ano para o piloto inglês da sua equipa.
A vitória de Rosberg (12ª da carreira a igualar as marcas de Mario Andretti, Carlos Reutemann e Alan Jones, é importante porque lhe deu 25 pontos contra zero de Vettel que ao abandonar deixa escapar quase certamente o 2º lugar no campeonato.
Se o cenário nas bancadas foi dos mais espetaculares da temporada, já a corrida foi um pouco monótona. Mas não na totalidade. Valtteri Bottas conquistou no braço um merecido 3º lugar, o 2º pódio da temporada (depois do Canadá) para o piloto finalndês. Desenvencilhou-se na largada dos Red Bull de Ricciardo e Bottas, depois teve novo encontro imediato com Kimi Raikkonen que largando do final da grelha se encontrou num momento de corrida a discutir os lugares nos pontos.
A última volta do GP da Rússia tinha sido polémica com Raikkonen a colocar Bottas fora de prova e de seguida a não se mostrar arrependido. Bottas ficou fora do pódio e afirmou que um dia se iriam de novo encontrar. O duelo de finlandeses teve nova ronda no méxico. A disuctir a posição, num cenário quase tirado a papel químico do da Rússia, Bottas agora por dentro não evitou o embate. A suspensão do Ferrari de Raikkonen partiu e o piloto da Scuderia ficou ali mesmo. Bottas seguiu. Não foi penalizado pelo incidente e mais à frente resgatou a posição que lhe deu o 2º pódio da temporada, ao passar Daniil Kvyat aquando do relançamento do GP após intervenção do Safety Car.
A Ferrari teve um GP para esquecer. O abandono de Raikkonen, no toque com Bottas e uma corrida desvairada de Sebastian Vettel, estabeleram um registo que não acontecia há mais de 6 anos, desde o GP da Austrália de 2009, quando ambos os Ferraris abandonaram um GP, pela última vez.
As coisas começaram mal logo de entrada para Vettel que na 1ª curva foi tocado pelo Red Bull de Ricciardo, num considerado incidente de corrida, mas que levou a um furo no carro do alemão. Fazendo uma corrida de trás para a frente, Vettel perdeu o carro depois de um problema que pareceu, no diferencial do Ferrari, que o fez perder a traseira e despistar-se.
Se da primeira vez não tocou em nada, já na segunda situação, Vettel não controlou e acabou encostado no rail. Desde o GP da Turquia de 2010 na célebre colisão dos Red Bull de Vettel e Webber, que Sebastian Vettel não abandonava devido a uma colisão ou despiste.
O Red Bull de Daniil Kvyat terminou com o outro Red Bull de Daniel Ricciardo a fechar a seguir. O segundo Williams, de Felipe Massa, foi o sexto.
A correr em casa, empurrado e exaltado pelo seu público, Sergio Perez terminou em oitavo atrás do colega de equipa da Force India, Nico Hulkenberg. Tudo num fim-de-semana em que se soube a escuderia possa passar em 2016 a denominar-se Aston Martin-Mercedes.
CLASSIFICAÇÃO FINAL DO GP DO MÉXICO
| 1. | Nico Rosberg | Mercedes GP | 1h42m35.038 | |
| 2. | Lewis Hamilton | Mercedes GP | +1.954 | |
| 3. | Valtteri Bottas | Williams-Mercedes | +14.592 | |
| 4. | Daniil Kvyat | Red Bull-Renault | +16.572 | |
| 5. | Daniel Ricciardo | Red Bull-Renault | +19.682 | |
| 6. | Felipe Massa | Williams-Mercedes | +21.493 | |
| 7. | Nico Hulkenberg | Force India-Mercedes | +25.860 | |
| 8. | Sergio Perez | Force India-Mercedes | +34.343 | |
| 9. | Max Verstappen | Toro Rosso-Renault | +35.229 | |
| 10. | Romain Grosjean | Lotus-Renault | +37.934 | |
| 11. | Pastor Maldonado | Lotus-Renault | +38.538 | |
| 12. | Marcus Ericsson | Sauber-Ferrari | +40.180 | |
| 13. | Carlos Sainz | Toro Rosso-Renault | +48.772 | |
| 14. | Jenson Button | McLaren-Honda | +49.214 | |
| 15. | Alexander Rossi | Marussia-Ferrari | +2 voltas | |
| 16. | Will Stevens | Marussia-Ferrari | +2 voltas | |
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Felipe Nasr | Sauber-Ferrari | Travões | |
| D | Sebastian Vettel | Ferrari | Despiste | |
| D | Kimi Raikkonen | Ferrari | Colisão/Suspensão | |
| D | Fernando Alonso | McLaren-Honda | Motor | |
| MELHOR VOLTA | ||||
| Nico Rosberg | Mercedes GP | 1:20.521 | ||
No mundial Hamilton lidera com 345 pontos, virtualmente Campeão do Mundo. Atrás Rosberg 272, Vettel 251, Bottas 126, Raikkonen 123, Massa 117, Kvyat 88, Ricciardo 84.
Nos construtores o mundial fica assim, com a Mercedes 617 pontos, já virtual campeã, Ferrari 374, Williams 243, Red Bull 172 e Force India 112
O próximo GP é no Brasil, São Paulo, dentro de 2 semanas. A fechar a temporada, teremos o GP de Abu Dhabi.
