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Uma impressionante exibição de Sebastian Vettel deu ao alemão a sua 1ª pole pela Scuderia Ferrari. Algo que o próprio não obtinha desde o GP do Brasil 2013 e a Ferrari não alcançava também há mais de 3 anos.
A última tinha sido na Alemanha em 2012, ainda assim, numa qualificação com chuva. Com pista seca, o feito não tinha sido repetido em 5 anos.
A última pole position da Ferrari em pista seca, foi há precisamente 5 anos em Singapura
Mas a brilhante pole do piloto alemão releva também a surpresa dos Mercedes dominadores da temporada, terem ficado atrás dos 2 Ferrari e dos 2 Red Bull. Eles repartem apenas a 3ª fila da grelha.
Motivo? Os pneus. Um desastre como a escuderia campeã não consegue compreender e corrigir o problema que os compostos estão a causar no ritmo normal dos Mercedes.
A diferença entre Ferrari e Mercedes foi constante e cifrou-se no final em torno de 1,5s que é substancial e estranho para a equipa alemã em particular e todos os fãs em geral.
Na Q1, Vettel rodando com pneus macios fez 1'46.0174, enquanto ambos os pilotos da Mercedes tiveram de recorrer ao composto supermacio para se colocarem próximos dos Ferrari e Red Bull, ainda assim em desvantagem.
A Lotus perdeu pela 2ª vez na temporada Maldonado logo na Q1, onde além dos Marussias da ManorGP, ficaram igualmente ambos os Sauber, de Ericsson e Nasr.
Jenson Button recorreu na sua última volta ao coposto supermacio para fazer a passagem à Q2, na frente precisamente dos Sauber. A pista de Singapura pode ser uma oportunidade para respirar melhor na McLaren Honda, depois dos desastrosos GPs da Bélgica e Itália para a equipa britânica.
Na Q2, Raikkonen reduziu a sua diferença para Vettel, mas Daniil Kvyat que na 6ª feira tinha sido o melhor crono, deixou a ideia que a Red Bull também poderia lutar pela pole.
Max Verstappen levou o seu Toro Rosso ao Top10 na sua primeira presença em Singapura. Enquanto o seu colega de equipa Carlos Sainz terminou a Q2 encostado à parede da pista, na curva 19, quebrando a suspensão. O incidente impediu que os Force India melhorassem as suas marcas e pela primeira vez em algum tempo, nenhum deles (Hulkenberg e Perez) passaram à Q3 de qualificação.
Na Q3 decisiva, Ricciardo registou a primeira referência para a pole mas rapidamente Vettel mostrou quem estava no domínio. Ricciardo rodou em 1.44.607 e Vettel em 1.44.305. Já Raikkonen e Kvyat metiam 1.44 alto e Rosberg não descia de 1.45. Hamilton, errou na sua primeira volta, alargando demais a trajetória e imediatamente abortando a sua tentativa.
Ricciardo tentou fazer a diferença na sua 2ª saída, mas aí a Williams cometeu a imprudência, pela qual foi chamada no final da sessão a prestar esclarecimentos, a Williams fez sair Bottas na frente do australiano que assim perdeu ritmo no início da volta de lançamento e nunca mais conseguiu recuperá-lo.
Com os Mercedes a confirmarem problemas com os pneus, a não permitirem o ritmo que era preciso, Hamilton não foi além do 5º crono, batendo Rosberg mas ficando ambos os carros da equipa campeã na 3ª fila. Hamilton fez um primeiro e segundo setor competitivos, mas a Mercedes perde muito tempo no 3º setor da pista, especula-se derivado da limitação de pressão imposta pela Pirelli (neste GP 18psi para os pneus frontais e 17psi atrás).
Raikkonen ficou a 0.2s de Ricciardo com o 3º tempo e Kvyat ratificou a sua melhor qualificação de carreira na F1. O russo é 4º na largada de domingo.
Vettel conquistou assim a pole, pela primeira vez em 15 meses. E a Ferrari em mais de 3 anos (5 se considerarmos uma qualificação em "seco"). A Mercedes e Lewis Hamilton interrompem assim uma sequência às portas de ficarem com records históricos.
RECORDS IMPEDIDOS E SEQUÊNCIAS INTERROMPIDAS
Hamilton podia ter igualado o seu ídolo Ayrton Senna, marcando 8 poles consecutivas. Ficou pelas 7. E regressa ao início agora. O mesmo com a Mercedes. A Williams permanece com record absoluto dos anos 90, 24 poles consecutivas. A Mercedes ficou-se pelas 23. Pelo menos, a mercedes deixa marca record ativa de 31 poles consecutivas com os seus motores. É a maior marca de sempre para propulasores, hoje interrompida.
CONSIDERAÇÕES RÁPIDAS
Ferrari com o motor evoluído apresentado em Monza, está a conseguir marcar a diferença. Os set-ups aerodinâmicos trabalhados em Singapura, estão no ponto.
A Red Bull tem tradicionalmente bons desempenhos em Singapura, onde os problemas do motor Renault podem ser atenuados.
A Mercedes está a perder com a questão dos pneus. Os pilotos não estão a conseguir proporcionar a temperatura ideal aos pneus. O que pode significar um início de corrida difícil para os pilotos da equipa alemã.
A Williams está sólida no Top 10 mas a consistência tem de ser encontrada na corrida.
A McLaren, com a experiência dos seus pilotos, tem esperança de em Singapura - onde os problemas do ERS do seu motor Honda podem ser menos visíveis - conseguir levar pelo menos um dos carros aos pontos.
QUALIFICAÇÃO DO GP DE SINGAPURA
| 1. | Sebastian Vettel | Ferrari | 1:43.885 |
| 2. | Daniel Ricciardo | Red Bull-Renault | 1:44.428 |
| 3. | Kimi Raikkonen | Ferrari | 1:44.667 |
| 4. | Daniil Kvyat | Red Bull-Renault | 1:44.745 |
| 5. | Lewis Hamilton | Mercedes GP | 1:45.300 |
| 6. | Nico Rosberg | Mercedes GP | 1:45.415 |
| 7. | Valtteri Bottas | Williams-Mercedes | 1:45.676 |
| 8. | Max Verstappen | Toro Rosso-Renault | 1:45.798 |
| 9. | Felipe Massa | Williams-Mercedes | 1:46.077 |
| 10. | Romain Grosjean | Lotus-Mercedes | 1:46.413 |
| Q2 | |||
| 11. | Nico Hulkenberg | Force India-Mercedes | 1:46.305 |
| 12. | Fernando Alonso | McLaren-Honda | 1:46.328 |
| 13. | Sergio Perez | Force India-Mercedes | 1:46.385 |
| 14. | Carlos Sainz | Toro Rosso-Renault | 1:46.894 |
| 15. | Jenson Button | McLaren-Honda | 1:47.019 |
| Q1 | |||
| 16. | Felipe Nasr | Sauber-Ferrari | 1:46.965 |
| 17. | Marcus Ericsson | Sauber-Ferrari | 1:47.088 |
| 18. | Pastor Maldonado | Lotus-Mercedes | 1:47.323 |
| 19. | Will Stevens | Marussia-Ferrari | 1:51.021 |
| 20. | Alexander Rossi | Marussia-Ferrari | 1:51.523 |
