Italianos recordam o desastre demolidor

por Mário Aleixo - RTP
O avião despenhou-se à chegada a Itália central3.com.br

A equipa do Torino está em Lisboa para disputar a Eusébio Cup.

A equipa italiana está na capital portuguesa desde ontem (terça-feira) ao início da noite.

Esta quarta-feira realiza-se uma cerimónia no Estádio Nacional que pretende recordar e prestar um tributo aos elementos do Torino que morreram num desastre de aviação depois de terem jogador em Lisbosa frente ao Benfica. No Jamor estará o técnico do Torino, Sinisa Mihajlovic e dirigentes do clube que serão recebidos pelos vice-presidentes odo Benfica, Alcino António, Domingos Almeida Lima e Rui Cunha.

Há 67 anos despenhou-se um avião Fiat-G212 da ALI que transportava 31 pessoas, 18 das quais eram jogadores e equipa técnica da equipa italiana do Torino que regressavam de Lisboa, de um jogo amigável realizado frente ao Benfica, de homenagem ao capitão dos encarnados Fernando Ferreira.

O desastre ocorreu a 4 de maio de 1949 e o avião não resistiu a uma tempestade forte com trovoada, chuva e vento forte.

Nos arredores de Turim o avião já na descida passa pela Basílica de Superga. Dentro do templo ouve-se um barulho e de seguida um estrondo, a basílica abanou. O Fiat-G212 tinha-se despenhado contra uma parede da igreja.

Uma explosão matou as 31 pessoas a bordo e desfez um clube, uma seleção e mudou a história do campeonato italiano.

Máquina trituradora

Naquela altura o Torino tinha a hegemonia do futebol italiano. A equipa tinha sido campeã por cinco vezes.

Em 42/43, o Torino fez a "dobradinha" e ganhou a taça e o campeonato, Em 47/48 bateu o recorde de número de golos marcados - 125 - e obteve as maiores goleadas do futebol transalpino: em casa 10-0, com o Alexandria e fora 7-0, com a Roma.

O Torino jogava um futebol de ataque, eletrizante sob a batuta do capitão Mazzolla.

Ficaram célebres os "15 minutos do Filadélfia (estádio)". Ao quarto de hora de jogo o capitão Mazzolla levantava o braço para os colegas e dava o sinal. Até à meia-hora a equipa imprimia uma velocidade vertiginosa que sufocava o adversário.

Dessa equipa maravilha do Torino faziam parte, entre outros, Bacigalupo, Ballarin, Maroso, Grezar, Rigamonti, Castigliano, Menti, Loik, Gabetto, Ossola e o inevitável Mazzola.

 

 

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