A 23ª edição da Algarve Cup feminina arranca esta quarta-feira.
Com as ausências de Estados Unidos, que levantou o troféu algarvio uma dezena de vezes, a última no ano passado, Alemanha, Suécia, Noruega e China, é certo que uma das oito seleções participantes vai conquistar pela primeira vez o torneio, em que Portugal volta a ser a seleção com ranking mais baixo (40º).
A formação comandada pelo Francisco Neto, que foi colocada no Grupo B, vai ter pela frente a Rússia, 22ª no "ranking" mundial, a Nova Zelândia, 16ª da hierarquia e, naquele que é o duelo mais esperado da prova, o Brasil.
A seleção canarinha, sétima do "ranking", aparece no Algarve como a principal candidata ao triunfo final e terá como principal figura Marta, uma das maiores figuras do futebol feminino mundial e cinco vezes vencedora do prémio FIFA.
Habitual presença na Algarve Cup e com cinco finais no currículo (e também cinco derrotas), a Dinamarca (15ª) pode finalmente sonhar com a conquista da prova, embora tenha de contar com a rivalidade do Canadá (11ª), que se estreia em solo luso, no Grupo A.
A tarefa das dinamarquesas e das canadianas pode ser dificultada ainda mais pela Islândia, uma das seleções que mais subiu no "ranking" da FIFA nos últimos anos e que, em 2011, surpreendeu tudo ou todos ao alcançar a final, acabando por cair perante os Estados Unidos. A Bélgica completa o agrupamento.
Destaque também para a portuguesa Sandra Braz Bastos, que faz parte da lista de oito árbitras que vão dirigir os jogos da Algarve Cup. A juíza da Associação de Futebol de Aveiro é uma das três árbitras pertencentes à UEFA que vão estar na prova a preparar também uma possível presença no Mundial sub-17 feminino, na Jordânia, e no Mundial sub-20 feminino, na Papua Nova Guiné.
Sandra Braz Bastos, de 37 anos, terá como assistentes a também portuguesa Olga Martins e Biljana Atanasovki, da Macedónia.
A Algarve Cup termina no dia 9 de março com a final, em local e hora ainda a anunciar, e mais três jogos, que vão definir a classificação de cada seleção.