Benfica exige a Jorge Jesus indemnização de 14 milhões

por Mário Aleixo - RTP
O Benfica quer sentar Jorge Jesus no banco dos réus Lusa

O clima de tensão entre Benfica e Sporting prossegue a 10 dias do dérbi.

Os episódios acusatórios entre os dois eternos rivais de Lisboa sucedem-se.

O último que se conhece é revelado ests quinta-feira na revista"Sábado" e dá a conhecer a ação judicial movida pelo Benfica ao ex-técnico do clube Jorge Jesus.

O ato consubstanciado em 100 páginas foi entregue na passada terça-feira, na 2ª secção do trabalho da Instância Central do Tribunal do Barreiro.

O Benfica exige ao treinador o pagamento de 14 milhões de euros alegando danos (traição) causados pelo técnico.

Os responsáveis do clube da Luz acusam Jorge Jesus de desertar do clube e manter contactos com um funcionário do Sporting, seu atual clube, antes de assinar contrato com o clube de Alvalade a 5 de junho.

Do rol de acusações o Benfica aponta ainda a Jorge Jesus o ato de ter copiado software confidencial do clube.

Para lá das acusações o clube da Luz sustenta o que afirma baseado no testemunho de nove pessoas entre as quais se encontram Paulo Gonçalves advogado da SAD, Ricardo Lemos assessor de imprensa do clube,  Bruno Mendes diretor do Benica Lab, Marco Pedroso vídeo analista e o empresário de Gaitán, José Iribarren.

Nos próximos 10 dias o tribunal chamará as partes em confronto para tentar um entendimento.

Recorde-se que o treinador tem o regresso marcado para o Estádio da Luz no próximo dia 25, dia da realização do Benfica-Sporting a contar para o campoenato da I Liga.



O início das quezílias

Todo o clime de tensão entre os dois clubes teve início com as declarações de Bruno de Carvalho, prestadas no dia 5 de outubro, no programa Prolongamento, na TVI24, sobre alegadas ofertas feitas pelo Benfica a árbitros, delegados da LPFP e observadores, em particular "vouchers" de refeição, avaliados pelo presidente leonino' em cerca "um quarto de milhão de euros" por ano.

Na passada terça-feira, uma fonte do Sporting defendeu que "o Ministério Público é para averiguar se há corrupção e qual o grau que esta atingiu, mas a FPF já deveria ter tomado uma decisão a nível desportivo".

"A FPF não ficou impávida e serena. Quando soube da denúncia comunicou-a à Procuradoria-Geral da República. A justiça segue o seu caminho e neste momento a federação não tem de interferir", respondeu fonte federativa.

Na quarta-feira a Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) disse  esperar "serenamente" que cada órgão atue sobre as ofertas do Benfica a árbitros.
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