Clubes pequenos revoltados com os direitos televisivos

por Mário Aleixo - RTP
As transmissões televisivas prometem fazer correr muita tinta no futebol português dhoze.com

Os clubes pequenos ameaçam se necessário parar os campeonatos.

Os clubes pequenos estão revoltados com os contratos que estão a ser firmados pelos direitos televisivos no futebol português.

Nos últimos dias, o Benfica e a NOS apresentaram um acordo no valor de 400 milhões pelos direitos de transmissão televisiva dos jogos do bicampeão nacional de futebol durante dez anos

O FC Porto firmou um acordo com a PT/Altice por 457,5 milhões de euros, dos direitos de transmissão dos jogos disputados em casa.

A comunicação social revelou esta terça-feira que o Sporting e a NOS estarão prestes a concluir um acordo para a venda dos direitos de transmissão televisiva dos jogos do clube para os próximos dez anos por 500 milhões de euros.

Estes três acordos ainda não estão totalmente clarificados e têm associados outros entendimentos laterais.

Reação dos clubes pequenos pode ser violenta


Perante este cenário os clubes pequenos reagem revoltados e concluem indignados que os ricos vão ficar mais ricos e os pobres mais pobres.

António Fiúza, presidente do Gil Vicente, em declarações ao jornalista da Antena 1 Eduardo Gonçalves, reagiu indignado e prometeu lutar até à exaustão para repor as coisas no seu lugar.



O presidente dos gilistas começou por recordar: “Afinal a centralização dos direitos televisivos prometida pelo presidente da Liga (Pedro Proença) caiu por terra”.

O dirigente está ciente de que “estamos a ir pelo mau caminho e a esquecer os bons exemplos como o inglês onde há uma distribuição mais equitativa das receitas televisivas”.

António Fiúza reclama, desde já, “a intervenção do governo como aconteceu em Espanha. É inadmissível que os clubes grandes recebam milhões e os pequenos migalhas”.

O líder do Gil Vicente em tom ameaçador lembrou: “Os pequenos e médios clubes têm uma grande força no futebol, detém a maioria nas assembleias gerais da liga de clubes e são eles que até podem fazer parar os campeonatos”.

Mário Figueiredo, ex-presidente da liga de clubes, antecessor de Pedro Proença, diz que os acordos anunciados são ilegais.



Os direitos televisivos no futebol português prometem dar que falar e ainda agora a procissão vai no adro.
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