FC Porto perde em casa e vê título a fugir

por Mário Aleixo - RTP
Lucas Lima e André André protagonizaram muita luta a meio-campo Estela Silva-Lusa

O FC Porto perdeu no Dragão e ficou mais longe do primeiro lugar.

Um "bis" do avançado paraguaio Walter Gonzalez permitiu ao Arouca arrancar uma histórica vitória em casa do FC Porto (2-1), na 2.ª jornada da I Liga de futebol, atrasando ainda mais os "dragões" na luta pelo título.

Com este desaire, o primeiro em casa este campeonato, a equipa de José Peseiro, que na próxima jornada se desloca ao terreno do Benfica, passa a ter uma desvantagem de seis pontos para os encarnados, que lideram provisoriamente, e de cinco pontos para o Sporting, que tem menos um jogo.

Já os arouquenses, que nunca na sua história tinham vencido um duelo com o FC Porto, põem fim a um ciclo de sete jogos consecutivos sem vencer, quatro dos quais para a Liga, e com este resultado sobem ao primeiro terço da tabela classificativa.

O surpreendente triunfo do Arouca foi alicerçado com uma entrada de rompante da equipa de Lito Vidigal, surpreendendo os locais logo aos 13 segundos, com o golo inaugural - o mais rápido na presente edição da Liga -, apontado por Walter Gonzalez, após arrancada e assistência de Zequinha.

Sofrendo um golo a frio, o FC Porto precisou de alguns minutos para se restabelecer e estabilizar o seu futebol, antes de começar a criar os primeiros lances de perigo para baliza de Bracali.

Danilo deu o sinal de perigo inaugural para os "dragões", com um remate ao lado, a que se seguiu, pouco depois, um cabeceamento de Aboubakar que teve uma das defesas da noite do guardião do arouquense.

Na sequência desse lance, que resultou em canto, o avançado camaronês acabou por não desperdiçar uma segunda oportunidade, e já perto do quarto de hora, restabeleceu a igualdade, num golpe de cabeça.

À passagem do minuto 66, após uma pontapé de baliza, Maicon cometeu uma fífia e não conseguir controlar o esférico, permitindo que Walter Gonzalez ganhasse o lance e arrancasse para baliza do indefeso Casillas, fuzilando para o 2-1.

Maicon, que saiu lesionado desse lance, não escapou aos ruidosos assobios vindos do "tribunal" do Dragão, que ao mínimo passe falhado manifestava desagrado.

Talvez enervados com os protestos das bancadas e com as contantes perdas de tempo do Arouca, os jogadores do FC Porto não mais se encontraram ofensivamente, e à exceção de uma perdida de Marega, não mostraram, até ao final, argumentos para inverter desaire e evitar os muitos protestos do público após o apito final.

No final da partida José Peseiro, treinador do FC Porto, justificou o desaire com a falta de eficácia da equipa: Tivemos falta de eficácia, não conseguimos concretizar as oportunidades que criámos, e também falhámos nos golos que sofremos".



Lito Vidigal, técnico do Arouca, atribuiu aos seus jogadores o mérito pela vitória: "Há jogos que são mais difíceis, com adversários mais fortes, mas temos de ser competitivos. Hoje fomo-lo e fomos premiados conseguindo uma vitória histórica".

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