Jogadores da Naval admitem não participar na 2ª fase do Campeonato de Portugal

por Lusa
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Os jogadores da Naval 1.º de Maio, clube que disputa a série E do Campeonato de Portugal de futebol, admitiram hoje não participar na segunda fase da competição, por falta de condições para treinar e jogar.

Em declarações à agência Lusa, Sérgio Grilo, capitão da equipa da Figueira da Foz, disse, no entanto, que a decisão "não é definitiva" e pode ser vir a ser alterada caso os responsáveis da Sociedade Anónima Desportiva (SAD) da Naval 1.º de Maio "garantam as necessárias condições" ao plantel.

"Não é ainda um dado adquirido [o abandono da competição]. Mas se não forem melhoradas as condições, não estamos disponíveis para continuar. Mas há o compromisso de terminarmos a primeira fase, faltam dois jogos e isso vamos cumprir", sustentou Sérgio Grilo.

Última classificada da série E do Campeonato de Portugal, a Naval 1.º de Maio tem apenas dois pontos, resultado de dois empates em 16 jogos disputados. No domingo desloca-se ao recinto do Carapinheirense e, no fim de semana seguinte, recebe em casa a União de Leiria.

"Com o Leiria ainda não sabemos onde vamos jogar", argumentou o capitão de equipa, numa alusão à falta de condições do relvado do estádio municipal José Bento Pessoa (arrendado pela autarquia da Figueira da Foz à SAD navalista, ficando esta responsável pela manutenção) que têm impedido a realização de treinos e jogos.

Atualmente, o plantel é composto por apenas 12 jogadores: "Uns trabalham e outros estudam, mas ninguém recebe salário. Ao menos que nos deem condições para treinar e jogar futebol", argumentou Sérgio Grilo.

A equipa treina uma vez por semana, no sintético municipal, com a formação júnior da Naval 1.º de Maio (que também cede alguns jogadores para os jogos da equipa sénior) e tenta, a cada semana, arranjar um jogo-treino para manter os níveis competitivos.

O capitão de equipa, de 33 anos, joga habitualmente na posição de ponta-de-lança mas tem sido defesa central "por não haver jogadores".

"Só espero que alguém no clube nos ajude, senão não faz sentido continuar", alertou Sérgio Grilo.

A agência Lusa tentou ouvir Aprígio Santos, administrador da Naval SAD, mas os contactos resultaram infrutíferos.

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