No Sporting todos ralham e ninguém tem razão

por Mário Aleixo - RTP
Jorge Jesus e Bruno de Carvalho são os rostos mais visíveis da crise do futebol do no Sporting Epa-António Cotrim

O presente do futebol no clube de Alvalade vive dias difíceis com os elementos da equipa em silêncio, imposto, e os factos a serem conhecidos pela opinião pública através de conversas de bastidores que vão sendo conhecidas.

No passado sábado a principal equipa de futebol consentiu um empate em Chaves e não aproveitou a igualdade do líder, Benfica, frente ao Boavista.

Oito pontos continuam a separar os dois eternos rivais e os “leões” podem ver-se relegados para o quarto lugar do campeonato se esta segunda feira à noite o Sp. Braga vencer o Tondela.

Com a competição a meio e a desvantagem (8 pontos) dos “leões” para as “águias” a diferença não é irrecuperável mas a perda de pontos aliada às fracas exibições da formação leonina fazem soar o alarme.

No centro do desencontro de ideias estão dois nomes: Bruno de Carvalho (presidente) e Jorge Jesus (treinador).

No final do jogo de Chaves o dirigente esteve no balneário e terá dirigido palavras pouco simpáticas que caíram mal entre os jogadores, principalmente Bas Dost o goleador da equipa.

No domingo Bruno de Carvalho e Jorge Jesus, tanto quanto se sabe, estiveram reunidos em Vidago, no hotel onde a equipa está em estágio para o jogo de terça feira para a Taça de Portugal, novamente frente ao Chaves.

O futuro tem contornos indefinidos e dessa reunião e não só destacam-se diversos itens que merecem reflexão no presente e futuro:

- o clube está a menos de dois meses das eleições para os órgãos sociais e o clima de insucesso da equipa de futebol é prejudicial a Bruno de Carvalho;

- esta época resta à equipa lutar pela conquista da Taça de Portugal e do campeonato sendo que a última não sendo impossível é tarefa muito difícil. Até ao momento com Jesus à frente da equipa esta só conquistou uma supertaça;

- as divergências entre Bruno de Carvalho e Jorge Jesus parecem acentuar-se nomeadamente quanto à política de contratação de jogadores, às perspetivas de gestão do futebol e à relação destes dois elementos com o balneário.

- A SAD do clube parece apostada em voltar a apostar em jogadores da formação;

Perante este cenário equaciona-se em vários círculos um “divórcio” a prazo entre o clube, via presidente, e o treinador embora não seja uma questão fácil de resolver.

Jorge Jesus e o Sporting têm um acordo de trabalho até 2019 e o técnico aufere um vencimento de oito milhões de euros/ano brutos.

Ficar tudo como está até final da época ou precipitarem-se desenvolvimentos desta crise tudo parece depender do jogo desta terça feira, dos quartos de final da Taça de Portugal entre Chaves e Sporting, marcado para as 20h15, em Trás-os-Montes.

Ao final da manhã desta segunda feira o diretor de comunicação do Sporting, Nuno Saraiva, reagiu nas redes sociais, ao afirmar que todas as notícias que tem vindo a público não passam de pura invenção.
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