A assembleia geral do FC Porto provou as contas de 2015/16.
Na votação registaram-se 159 votos favoráveis, 56 abstenções e 20 votos contra entre os 235 associados presentes naquela que foi a primeira reunião magna do clube dirigida por José Manuel Matos Fernandes, o presidente da Mesa eleito a 17 de abril deste ano.
Números explicados
Os resultados líquidos individuais (-11,625 milhões de euros) e consolidados (-50,433) são negativos e foram explicados por Fernando Gomes, vice-presidente do clube.
"Estas não são as contas que gostaríamos de apresentar, mas são as contas que nós assumimos que vos iriamos apresentar", explicou o dirigente, afirmando ainda que eles se devem ao facto de, ao contrário de anos anteriores, "não se terem registado mais-valias com as transações de passes de jogadores, que permitem receitas extraordinárias, que compensam o défice tradicional do FC Porto".
E isso resulta, argumentou o responsável pela área financeira, de "uma política seguida pela SAD" no sentido de não desvalorizar o plantel.
"No final da época, surgiram propostas para venda de passes dos jogadores Danilo, Herrera e André Silva, que na altura rondavam os 95 milhões e que permitiriam que hoje se estivessem a apresentar outros números. Isto resolveria os problemas não só económicos como financeiros e, por outro lado, nem sequer teríamos mais dificuldades em ter que negociar com a UEFA o passo seguinte se não cumpríssemos o 'fair play' financeiro. A equipa técnica e a administração entenderam que, num momento em que ainda não estava garantido o acesso direto à Liga dos Campeões, a venda desses passes seria um duro golpe no percurso desportivo desta época", explicou.
O presidente Pinto da Costa negou a ideia de que foi defendido o plano desportivo em detrimento do plano financeiro.
"Foi uma opção e não estou arrependido. Se não tivéssemos seguido essa estratégia, estaríamos a apresentar resultados positivos", referiu o presidente do FC Porto.