Treinador Augusto Mata: o “Ferguson português”

por Mário Aleixo - RTP
Augusto Mata recordou à jornalista Cláudia Martins alguns pedaços da grande paixão da sua vida: ser treinador de futebol Antena 1

O técnico, de 75 anos, abriu o baú de memórias e falou à Antena 1.

O veterano treinador orientou o Padroense e decidiu pôr um ponto final na sua atividade por razões de saúde.

Para trás ficaram quase 30 anos como treinador do Infesta. Um exemplo de longevidade.

Depois das três dezenas de épocas ao serviço do Infesta o “Ferguson português” ainda treinou o Ermesinde (uma época) e o Padroense (dez temporadas).

O decano dos treinadores portugueses falou à jornalista da Antena 1 Cláudia Martins e confessou que só terminou a carreira porque: “Não me estava a sentir muito bem. O futebol envolve emoções, tristeza, alegria e eu tenho um problema nos ouvidos e quando fico nervoso altero-me um pouco”.



Augusto Mata chegou a treinar descalço. Como jogador ou como treinador passou pelo Leixões, Infesta e U. Tomar, Infesta, Ermesinde e Padroense.

Durante a entrevista recordou que se cruzou em campo com Eusébio, José Augusto e o jovem Rui Costa que atuava no Fafe e logo percebeu que estava ali um grande talento. As suas equipas foram observadas por Pedroto e Filipovic, entre outros, porque jogavam bom futebol.

Augusto Mata reconheceu que o treino evoluiu muito mas sempre se soube adaptar.

Quando iniciou a atividade era treinador, jogador, treinador dos juniores e também treinava guarda-redes. Foi dos primeiros a conseguir ter um treinador de guarda-redes.

De tudo isto fica um aperto no coração deixar os bancos de suplentes foi uma decisão que “custou muito”, concluiu.
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