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Portugal sofre mas volta às meias-finais do Mundial de futsal 16 anos depois

por Lusa
Ricardinho festeja o golo marcado ao Azerbaijão EPA

A seleção portuguesa de futsal qualificou-se pela segunda vez na sua história para as meias-finais do Mundial de futsal, 16 anos depois, ao bater o Azerbaijão por 3-2, domingo, num jogo sofrido em Cali, na Colômbia.

Os comandados de Jorge Braz estiveram quase sempre na frente do marcador e chegaram a 3-1 antes do meio da segunda parte, mas, nos últimos 8.41 minutos, os azeris criaram muitos problemas com a introdução do guarda-redes avançado.

O Azerbaijão chegou ao segundo golo, a mais de cinco minutos do fim, e ameaçou várias vezes o empate, valendo muitas vezes a Portugal um super Bebé, que foi, uma vez mais, um 'gigante' na baliza lusa, sendo o "rosto" do apuramento.

Djô (7.27 minutos), João Matos (17.48) e Ricardinho (27.42) apontaram os tentos de Portugal, enquanto Thiago Bolinha (12.01) e Eduardo (34.27) marcaram para a equipa azeri - uma espécie de Brasil B -, que atuou sem os castigados Fineo, Vassoura e Rousman Huseynli e o lesionado Elnur Zamanov.

Nas meias-finais, Portugal, que repete 2000 (0-8 com o Brasil), defronta, sem Djô (segundo amarelo na prova), a Argentina, cujo melhor registo é o quarto posto de 2004, numa prova em que os outros semi-finalistas são Irão e Rússia, duas formações que também nunca foram campeãs do Mundo.
Paciência

A seleção portuguesa assumiu as despesas do jogo desde o início, com a anuência dos azeris, que, resguardados atrás, apostavam nos contra-ataques e criaram a primeira situação de perigo, valendo Bebé a deter o remate de Thiago Bolinha.

Com muita paciência, obrigatória face ao calculismo e bom posicionamento defensivo do adversário, Portugal foi tentando encontrar espaço para rematar e, aos 7.27 minutos, marcou, por Djô, sem grande ângulo, após passe de André Coelho.

O golo nada mudou na postura das duas equipas e o golo do empate surgiu em contra-ataque, aos 12.01 minutos: Thiago Bolinha serviu Eduardo na esquerda e foi marcar à boca da baliza, desviando o remate forte do compatriota.

A equipa lusa acusou o golo e começou a errar mais passes do que habitual e, com 15.50 minutos, Bolinha só não 'bisou' em mais um contra-ataque devido aos pés de Bebé.
Calculismo

Sentindo o perigo, Portugal tornou-se mais calculista, não arriscando tanto ofensivamente, mas, ainda assim, chegou novamente à vantagem, a 2.12 minutos do intervalo, com João Matos a faturar de cabeça, após canto de Bruno Coelho.

Até ao final da primeira parte, o cinco de Jorge Braz continuou a mandar e Ricardinho quase fez 'magia' mesmo a acabar, mas Kurdov evitou o terceiro golo luso.

As duas formações vieram com a mesma disposição para a segunda parte, mas Portugal surgiu mais perigoso e, depois de uma ameaça de Djô, chegou mesmo ao terceiro tento, aos 27.42 minutos, pelo 'inevitável' Ricardinho.

João Matos, pouco à frente do meio campo, viu o mágico solto à frente da baliza e rematou, com o 10 a desviar de calcanhar, em mais um momento mágico: golo 119 pela seleção, 21 em Mundiais e 12 na Colômbia, onde é o rei dos marcadores.
Sofrimento

Se não tem adornado em demasia, Ricardinho podia ter marcado o quarto, pouco depois, sendo que André Coelho, após jogada individual, também quase o conseguiu.

Pelo meio, Bebé fez uma grande defesa em resposta a um remate de Eduardo, jogador que, a 5.33 minutos do final, apontou mesmo o segundo tento dos azeris, que, então, já jogavam há mais de três minutos com guarda-redes avançado.

O tento motivou ainda mais os comandados do brasileiro Miltinho, que tiveram várias ocasiões para empatar, só que, na baliza de Portugal, Bebé foi intransponível, com uma série de grandes defesas, numa situação, um remate de Fabio Poletto, a mais de três minutos do fim, com a ajuda da barra.

A seleção das quinas sofreu até ao último segundo, mas acabou por vencer, marcando encontro para quarta-feira, pelas 19h00 locais (1h00 de quinta-feira, em Lisboa), com a Argentina, que goleou o Egito por 5-0. 
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