Três golos de "rajada" da Argentina acabam com sonho de Portugal

por Lusa
Sem o castigado Djô e o lesionado Pedro Cary, o conjunto de Jorge Braz também não teve a <i>magia</i> de Ricardinho Christian Escobar Mora - EPA

Três golos de rajada da Argentina, em menos de dois minutos, acabaram quarta-feira com o sonho de Portugal (2-5) em atingir pela primeira vez na sua história a final do Mundial de futsal.

Em Cali, e depois de dez minutos de equilíbrio (1-1), os sul-americanos, que vão disputar a sua primeira final, aproveitaram erros lusos e marcaram três golos quase seguidos, decidindo, prematuramente, a segunda meia-final da prova.

Apesar de ainda faltarem 27.35 minutos para acabar o encontro, nomeadamente toda a segunda parte, a Argentina não mais perdeu o controlo das operações, perante a impotência de Portugal, que nem logrou tirar partido de mais de 10 minutos a jogar com guarda-redes avançado.

Antes de apontar o segundo golo, com apenas 3.13 minutos para jogar, Portugal ainda sofreu um quinto tento dos argentinos, que valeram pelo coletivo e tiveram cinco jogadores a marcar.

Sem o castigado Djô e o lesionado Pedro Cary, o conjunto de Jorge Braz também não teve a magia de Ricardinho, que apareceu a espaços, mas não conseguiu fazer a diferença, ao contrário do que aconteceu nos encontros anteriores.
Falhas defensivas

O jogo começou com as duas equipas a não quererem arriscar, a estudarem-se, mas foi a Argentina a soltar-se primeiro e a marcar, aos 4.03 minutos, com o benfiquista Fernando Wilhelm a desmarcar Borruto e este a fazer passar a bola por cima de Bebé e a marcar de cabeça, num tento de belo efeito.

Em desvantagem, Portugal lançou-se à procura do empate, que - após ameaça de Tiago Brito, anulada sobre a linha por Rescia - Ré concretizou, aos 8.17 minutos, após a sexta assistência na prova de Bruno Coelho, servido por Cardinal.

O equilíbrio marcou os primeiros 10 minutos, mas, num ápice, em menos de dois, os argentinos colocaram-se em situação muito privilegiada, ao marcarem três golos de rajada, todos após comprometedores falhas defensivas lusas.

Aos 10.47 minutos, Stazzone surgiu sozinho na direita e marcou, servido por Wilhelm, aos 11.38, Alamiro Vaporaki faturou com o peito junto ao poste esquerdo, após remate de Cuzzolino, e, aos 12.25, Miguel Ângelo perdeu a bola para Basile e este serviu o Brandi, que acertou à segunda.

Pelo meio, Ricardinho poderia ter igualado a dois, após um canto, e, até ao final da primeira parte, a seleção das quinas esteve perto de reduzir, nomeadamente numa quadrupla tentativa, incluindo um remate de Bruno Coelho à barra.
Em luta pelo terceiro lugar

Como seria de esperar, Portugal veio mais pressionante para a segunda parte, em busca de reentrar no jogo, mas Cardinal fez esbarrar o obrigatório segundo golo no poste esquerdo.

Sem soluções para ultrapassar a tranquila e concentrada equipa argentina, Portugal passou a jogar com guarda-redes avançado a 10.22 minutos do final, mas tudo continuou mais ou menos na mesma, com os sul-americanos a controlar.

Aos poucos, os jogadores lusos foram, ainda por cima, perdendo a cabeça, o que resultou em vários amarelos, alguns alaranjados, e em faltas perto da área lusa, uma delas aproveitada por Cuzzolino para apontar o quinto.

Mesmo com o encontro mais do que perdido, Portugal continuou a tentar chegar ao segundo golo, que apareceu aos 36.47 minutos, numa jogada de insistência, concluída por Tiago Brito. No desespero, já não deu para mais.

No sábado, em Cali, Portugal vai tentar repetir o terceiro lugar de 2000, precisando para isso de bater o Irão, num jogo marcado para as 12h00 locais (18h00 em Lisboa). A final, entre Argentina e Rússia, começa às 14h30 (20h30).
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