Amnistia alerta para crise de direitos humanos de "proporções epidémicas" no México

por Lusa
Rapazes menores de idade desacompanhados fazem malha como parte das suas atividades de ocupação num abrigo para adolescentes da Ciudad Juarez, México. Jose Luis Gonzalez - Reuters

Cidade do México, 09 fev (Lusa) - O México enfrenta uma crise de direitos humanos "de proporções epidémicas" e os desaparecimentos de pessoas, a tortura e os homicídios brutais estão a tornar-se em "símbolos" do país, considerou hoje a Amnistia Internacional (AI).

A organização fez esta advertência a poucos dias do início da visita do Papa ao México, afirmando que quando chegar à capital do país, Francisco "dará de caras com uma das mais perturbadoras crises de direitos humanos de todas as Américas".

"Das dezenas de milhar de pessoas que despareceram ao difundido uso da tortura, aos crescentes números de assassinatos de mulheres e à total falta de capacidade para investigar crimes, os abusos contra os direitos humanos transformaram-se em símbolos do México", acrescentou a diretora da organização de defesa dos direitos humanos para a América, Erika Guevara-Rosas, citada num comunicado da AI.

A Amnistia Internacional insta, assim, o papa Francisco "a usar a sua poderosa influência para persuadir o Governo [do Presidente] Peña Nieto a encarar com seriedade a terrível crise de direitos humanos, assegurando-se de que todos aqueles que cometem crimes enfrentarão a justiça".

Francisco visitará o México de 12 a 17 de fevereiro.

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