Amnistia Internacional fala em provas credíveis de casos de tortura na Turquia

por Marcos Celso - RTP
Reuters

A Amnistia Internacional fala em provas credíveis de casos de tortura nas detenções que ocorreram na Turquia depois da tentativa de golpe de Estado.

A organização de direitos humanos tem no terreno três investigadores que têm denunciado um agravamento da situação, como explica Susana Gaspar da Amnistia Internacional.

Em comunicado, a organização fala de presos colocados em posições dolorosas durante 48 horas, privação de água e comida, feridas, ameaças e injúrias graves aos detidos nas prisões de Ancara e Istambul. Em alguns casos, diz a Amnistia Internacional, há relatos de casos de tortura e violação, ou seja, um retrocesso na questão dos direitos humanos.

A Amnistia Internacional exige, deste modo, o acesso de observadores internacionais à Turquia, depois dos relatos de maus tratos e torturas nas prisões.

A presidente da Amnistia Internacional Portugal sublinha ainda a urgência de uma missão internacional na Turquia, em especial depois do golpe da semana passada.

A Amnistia Internacional tem atualmente no terreno três investigadores que estão a tentar recolher provas que confirmem os relatos de violação dos direitos humanos.

Desde esta crise interna na Turquia registaram-se milhares de detenções face ao golpe de Estado falhado, no passado dia 15 de julho.

O Governo de Erdogan tem sido acusado de levar a cabo várias purgas, como encerramento de milhares de escolas privadas, detenções de figuras próximas do clérigo Fetullah Gülen e o fim da guarda presidencial.

c/ Augusta Henriques e Célia de Sousa
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