Arábia Saudita e Bahrain prontos a enviar tropas para a Síria

por Graça Andrade Ramos - RTP
Dois caças sauditas em exibição no festival aéreo do Bahrain dia 22 de janeiro de 2016 Hamad I Mohammed - Reuters

Depois da Arábia Saudita ter admitido, quinta-feira, a possibilidade de mandar tropas para a Síria, integradas na coligação internacional liderada pelos Estados Unidos, esta sexta-feira foi a vez do seu aliado, o Bahrain, anunciar idêntica intenção.

O embaixador do Bahrain na Grã-Bretanha, Sheikh Fawaz bin Mohammed al-Khalifa, afirmou em comunicado que o seu país enviaria tropas para operar no teatro de guerra sírio "concertadamente com os sauditas", sob o que designou um comando militar unificado dos Estados Árabes do Golfo.

A Casa Branca reagiu esta sexta-feira, afirmando que acolhia com satisfação o anúncio saudita, de poder incrementar a sua participação no esforço de combate ao grupo Estado Islâmico na Síria.

O porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, disse que a Arábia Saudita estava a responder ao apelo do secretário norte-americano da Defesa aos seus aliados, para contribuírem mais na luta contra o grupo terrorista.

"Certamente que acolhemos o anúncio dos nossos parceiros da Arábia Saudita, de que estão preparados para reforçar o seu compromisso militar neste esforço", referiu o porta-voz americano aos jornalistas.

Earnest afirmou que não é claro se a oferta saudita irá incluir um contingente significativo de tropas no terreno ou o envio de tropas de operações especiais.

Já o anúncio do Bahrain, de participação sob comando saudita, surgiu depois desta conferência de imprensa e não mereceu uma reação imediata da Casa Branca.

A Arábia Saudita lidera já uma coligação de 33 países árabes do Golfo e de África, oficialmente de combate ao terrorismo mas cujas operações se têm concentrado no Iémen, contra o grupo xiita Houthi, apoiado pelo Irão.

Riade apoia igualmente vários grupos de combatentes extremistas islâmicos na Síria, contra o Governo de Bashar al-Assad e seus aliados, o Irão, a guerrilha xiita libanesa do Hezbollah e a Rússia. 
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