Ataque turco faz mais de 200 mortos na milícia curda e no ISIS

por Jorge Almeida - RTP
Abdalrhman Ismail - Reuters

A milícia curda tinha tomado o controlo de cinco áreas perto de Alepo, na Síria. A resposta turca provocou pelo menos 200 mortos entres curdos e membros do Estado Islâmico.

Nos últimos dias os combatentes do PKK, o Partido dos Trabalhadores do Curdistão, tomaram o controlo de cinco zonas residenciais nos arredores da cidade de Al Bab, a 40 quilómetros de Alepo. A ofensiva estendeu as áreas que controlam no leste da Síria.

As ruas de Alepo estão reduzidas a destroços. Foto: Abdalrhman Ismail - Reuters

A resposta turca não se fez esperar. Um raid aéreo atingiu 13 alvos do PKK e 24 locais que estavam nas mãos do Daesh. Os bombardeamentos destruíram a sede da milícia curda, uma instalação de armazenamento de munições e um abrigo.
Onze horas de tréguas em Alepo
O ataque aéreo realizado pela aviação turca aconteceu durante a “pausa humanitária” declarada pela Rússia.

A trégua entrou em vigor esta quinta-feira para permitir o auxílio à população de Alepo. Estima-se que estejam na cidade cerca de 250 mil pessoas sem as condições mínimas de sobrevivência.

O Ministério russo da Defesa anunciou inesperadamente o cessar-fogo temporário depois de semanas consecutivas de bombardeamentos.

Onze horas de tréguas em Alepo. Foto: Abdalrhman Ismail - Reuters

A Rússia apelou aos rebeldes para abandonarem a cidade, utilizando dois corredores para a província de Idlib, uma zona controlada pelos opositores do regime de Bashar al-Assad. No entanto, a oferta foi recusada.

Seis outros corredores irão estar alegadamente livres para a população que deseja abandonar a cidade. Porém, os moradores do leste de Alepo afirmaram à CNN que não veem nenhum sinal evidente da existência dos corredores.

O exército sírio anunciou que a “pausa humanitária” poderá prolongar-se na sexta-feira e no sábado pelo mesmo de período de onze horas.

O exército exortou os rebeldes “para abandonar as armas com garantias de que poderão beneficiar de um decreto de amnistia”, segundo um comunicado do Comando Geral das Forças Armadas sírias.
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