Auditoria governamental critica utilização por Hillary Clinton de servidor privado

por Lusa

Uma auditoria da administração norte-americana condenou hoje a utilização por Hillary Clinton, quando era secretária de Estado, de um servidor e de uma conta de correio eletrónico privados para enviar `emails`.

Um relatório divulgado pelo inspetor-geral do Departamento de Estado, um órgão administrativo independente, assinala "falhas de longa data e sistemáticas ligadas às comunicações e registos eletrónicos" na altura em que Hillary Clinton estava à frente da diplomacia norte-americana (2009-2013).

Num documento bastante pormenorizado sobre as práticas em termos de comunicações por correio eletrónico de todos os secretários de Estado, desde Colin Powell até John Kerry, o inspetor-geral sublinha que as diretivas do Departamento de Estado se tornaram "bastante mais precisas e sofisticadas" sob o mandato de Clinton.

Quando ela era chefe da diplomacia norte-americana, Hillary Clinton "utilizava dispositivos móveis para atividades oficiais e recorreu largamente a uma conta de `email` pessoal do seu servidor privado", lembra o órgão administrativo norte-americano.

"O gabinete do inspetor-geral não encontrou qualquer prova de que a secretária de Estado tivesse pedido ou recebido instruções ou aprovação para realizar atividades oficiais profissionais através de uma conta de correio eletrónico pessoal do seu servidor privado", critica o relatório.

Hillary Clinton entregou em dezembro de 2014 cerca de 55.000 páginas de `emails`, cerca de 30.000 mensagens, ao Departamento de Estado que as analisou e foi divulgando até março, com exceção de várias dezenas de `emails` cujo conteúdo foi considerado sensível e que foram depois classificados de confidenciais ou secretos.

A candidata à investidura democrata para a presidência sustenta que nenhum dos correios eletrónicos em causa era classificado quando os enviou a partir da sua conta privada.

A utilização de uma conta privada para fins profissionais, proibida pelas regras da administração norte-americana, é motivo de crítica por parte dos adversários republicanos de Clinton, que a acusam de ter posto em risco a segurança nacional por não usar os seguros servidores oficiais.

 

 

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