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Autoridades moçambicanas ativam alerta laranja devido ao mau tempo

por Lusa

Maputo, 18 jan (Lusa) - As autoridades moçambicanas decretaram hoje o alerta laranja para todo o território, na sequência das previsões do Instituto Nacional de Meteorologia (INAM) de ocorrência de chuvas e ventos fortes até março.

A ativação do alerta laranja foi anunciada após uma reunião do Conselho Técnico de Gestão de Calamidades e visa reduzir o impacto de eventuais efeitos das previsões de continuação do mau tempo que tem caraterizado os primeiros dias de 2017.

O alerta laranja ocorre em paralelo com o alerta vermelho, que se mantém para garantir a assistência a mais de 1,5 milhões de pessoas afetadas pela seca ao longo do ano passado e que se encontram em situação de insegurança alimentar.

"Equipas multissetoriais serão destacadas para o terreno a fim de avaliar o ponto de situação tendo em conta o cenário das previsões avançadas pelo INAM, conjugado com as previsões da Direção Nacional de Recursos Hídricos quanto à tendência do aumento de nível de algumas bacias", afirmou Paulo Tomás, porta-voz do Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC).

Segundo o INGC, o mau tempo que se tem verificado nas últimas semanas afetou 16 mil famílias, num total de 70 mil pessoas, em todo o país.

Os dados hoje apresentados estimam que oito mil casas tenham sido destruídas e nove mil parcialmente destruídas, e que 177 escolas ficaram destruídas e outras 400 parcialmente destruídas.

Na madrugada de segunda-feira, pelo menos três pessoas morreram e 236 famílias ficaram desalojadas na sequência das fortes chuvas que atingiram Maputo no fim de semana.

As três vítimas morreram após serem arrastadas pelas águas quando circulavam num táxi `txopela` (triciclos de transporte de passageiros, muito frequentes em Maputo), numa das principais avenidas da cidade, tendo sido os primeiros dois corpos encontrados logo após o incidente e o terceiro mais tarde.

No total, segundo os dados do INGC, 8.254 pessoas foram afetadas pelas chuvas fortes nas cidades de Maputo e Matola e várias infraestruturas ficaram destruídas, principalmente nos bairros periféricos.

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