Um avião com 81 pessoas a bordo despenhou-se, na última madrugada, na Colômbia. O aparelho levava a bordo a equipa brasileira de futebol do Chapecoense. Sobreviveram cinco pessoas.
As autoridades colombianas confirmaram mais tarde que foram retirados seis sobreviventes do local do acidente, uma zona montanhosa a cerca de 50 quilómetros de Medellín. Um destes passageiros, o guarda-redes do Chapecoense Marcos Danilo Padilha, acabou por sucumbir aos ferimentos num hospital.
Paula Martinho da Silva, Guilherme Terra - RTP
O avião despenhou-se quando se aproximava do aeroporto. Tinha saído da Bolívia e a bordo seguia a equipa brasileira que ia jogar com o Atlético Nacional na quarta-feira, em Medellín, no âmbito de um campeonato sul-americano daquela modalidade.
Foi Mauricio Parodi, diretor do Departamento Administrativo do Sistema de Prevenção e Recuperação de Desastres (Dapard) de Antioquia, onde se situa o aeroporto de Medellín, quem avançou com a localização dos destroços do avião: Cerro Gordo, nos arredores do município de La Unión.
Acesso difícil
Os bombeiros colombianos assinalam que os acessos ao local não são fáceis.
O avião tinha saído do aeroporto Viru Viru, de Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia - uma escala técnica.
"É uma tragédia de grandes proporções", disse, por sua vez, à Blu Radio o presidente da câmara de Medellín, Frederico Gutierrez.
O aparelho deveria ter aterrado em Medellín pelas 21h33 de segunda-feira (2h33 desta terça-feira em Lisboa).
Investigação em marcha
Segundo o presidente da agência colombiana de aviação civil, Alfredo Bocanegra, as últimas comunicações com o controlo de tráfego aéreo indiciam que o aparelho estaria com problemas elétricos.
Os investigadores não descartam, porém, a possibilidade de o avião ter ficado sem combustível.
Em comunicado, o aeroporto de Medellín indica que o avião, com matrícula da Bolívia, "declarou-se em emergência" pelas 22h00 (3h00 em Lisboa), devido a "falhas técnicas".
O Governo do Brasil já decretou três dias de luto pelas vítimas do desastre.