A Comissão Europeia afirmou hoje que grande parte do processo europeu de recolocação de refugiados é desenvolvida bilateralmente, num comentário ao desaparecimento de 10 pessoas que deveriam viajar desde a Grécia para Portugal.
Questionada sobre a informação dada quarta-feira pela ministra portuguesa da Administração Interna, uma porta-voz do executivo comunitário adiantou que o papel da Comissão é "ajudar a implementar o processo de recolocação" feita a partir da Grécia e da Itália.
Natasha Bertaud notou que grande parte do processo "é bilateral", pelo "há matérias do país que está a enviar e do país que recebe, como Portugal".
"Não é algo em que estamos diretamente envolvidos", indicou a porta-voz da Comissão, acrescentado que Bruxelas pretende garantir que todas as pessoas que cheguem à Europa sejam encaminhadas e permaneçam num dos três processos: asilo, recolocação ou repatriamento.
"São conhecidos os desafios nestes processos e os bons progressos feitos nomeadamente na Grécia", concluiu.
Numa comissão parlamentar, a ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, afirmou na quarta-feira que Portugal deveria receber esta semana 10 refugiados provenientes da Grécia, "mas as autoridades gregas disseram que já não viriam" por terem "desaparecido".
"As pessoas têm de se registar mas não estão detidas, e muitas vezes prosseguem o seu projeto migratório que já tinham delineado na sua cabeça", justificou a ministra.
