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Candidato presidencial do Congo libertado após interrogatório

por Lusa

As autoridades congolesas libertaram Jean-Marie Michel Mokoko, antigo chefe das Forças Armadas, candidato às eleições presidenciais de março, informou o seu advogado.

"Ele foi interrogado (...) em relação a uma investigação policial", durante seis horas na segunda-feira, disse o advogado Eric Yvon Ibouanga à agência AFP, acrescentando que não pode facultar detalhes sobre a referida investigação.

O procurador do Ministério Público ordenou a detenção de Mokoko na sexta-feira, alegadamente devido a declarações que proferiu "amplamente disseminadas nas ruas e nas redes sociais".

Encontra-se a circular na Internet, desde 13 de fevereiro, data em que Mokoko realizou a sua primeira atividade de campanha, um vídeo que aparentemente implica o general numa tentativa de golpe.

A campanha de Mokoko disse que o vídeo, que remonta ao início dos anos 2000, é falso.

Chefe das Forças Armadas da República do Congo entre 1987 e 1993, Mokoko é atualmente representante especial da União Africana na vizinha República Centro-Africana.

Mokoko foi também durante muito tempo aliado do Presidente da República do Congo, Sassou Nguesso, mas em fevereiro anunciou a sua resignação ao cargo de conselheiro para a paz e segurança, que ocupava desde 2005.

A 08 de fevereiro anunciou a sua intenção de entrar na corrida às presidenciais de 20 de março e, portanto, de desafiar o seu antigo superior.

A República do Congo adotou uma nova Constituição a 25 de outubro, na sequência da realização de um referendo boicotado pela oposição.

A nova Constituição excluiu os dois entraves que impediam o atual Presidente do país, Denis Sassou Nguesso, de 72 anos, de se candidatar a um terceiro mandato, nomeadamente o limite de idade e o número de mandatos.

Denis Sassou Nguesso liderou o país entre 1979 e 1992, quando se realizaram as primeiras eleições multipartidárias, as quais perdeu, tendo regressado ao poder em 1997, depois da guerra civil.

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