Cuba expande o seu serviço de Wi-Fi

por RTP
Alexandre Meneghini - Reuters

O processo de abertura digital de Cuba está a ser marcado pelo alargamento do acesso à internet. O Governo de Raúl Castro anunciou um projeto que fará chegar o serviço de Wi-Fi a Malecón, Havana, até ao final de 2016.

Desde julho de 2015 que a rede de Wi-Fi se tem vindo a expandir em Havana e noutras cidades cubanas. Desta vez, pretende-se que cubra seis quilómetros do paredão de Malecón (Havana), desde a junção do Paseo del Prado com o mar até à foz do rio Almendares.

Esta mudança na abertura tecnológica significa para os cubanos um aumento das suas capacidades de comunicação com o exterior - importante num local onde um elevado número de famílias possui pelo menos um elemento no estrangeiro. Recorde-se também que, durante cerca de meio século, a sociedade cubana esteve privada de informação exterior ao país.

No entanto, o acesso à internet continuará a ser difícil para muitos dos habitantes. Uma hora de ligação à rede exige um custo de dois pesos cubanos (cerca de 1,78€), custo elevado num local onde grande parte dos salários varia entre os 20 e os 30 dólares mensais, apesar de serem complementados por rendimentos privados. Além disso, a cobertura da rede é instável e existe censura em páginas que critiquem o Governo.

No entanto, prevê-se que o número de utilizadores da internet cresça bastante em relação aos atuais cinco por cento. A baixa percentagem deve-se às restrições que impedem a instalação de Wi-Fi em casas particulares. Apenas ao exercer profissões em determinadas áreas – tais como a medicina ou o jornalismo – os cidadãos podem obter permissão para a instalação de internet.

Com a nova expansão e abertura digital, a avenida marginal conhecida como Malecón poderá tornar-se num ponto de encontro para os habitantes que pretendam aceder à rede.
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