Cuba quer continuar aproximação a EUA e pede a Trump para ter em conta resultados

por Lusa

Havana, 08 dez (Lusa) - Cuba está disponível para avançar com "a construção" de uma relação "civilizada e respeitosa" com os Estados Unidos quando Donald Trump assumir a presidência e espera que o norte-americano tenha em conta o que já foi alcançado.

"O respeito é essencial e tem sido a chave do sucesso dos resultados que temos obtido até agora", disse a diretora para as questões dos Estados Unidos do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Josefina Vidal, numa conferência de imprensa em Havana no final da quinta reunião da comissão bilateral criada para trabalhar na normalização das relações entre os dois países.

Josefina Vidal disse esperar que o Governo de Trump "leve em conta os resultados alcançados nestes dois anos", desde que se iniciou a reaproximação entre Cuba e os EUA, em 2014.

Este processo tem o apoio do povo cubano e norte-americano, incluindo a maioria dos oriundos de Cuba que vivem nos EUA, sublinhou.

"Para nós, o caminho é continuar a identificar oportunidade que sejam benéficas para os dois países [e] trabalhar no respeito pelas diferenaças", disse Josefina Vidal.

A quinta reunião da comissão bilateral foi a última durante a Administração de Barack Obama, pelo que as duas partes acordaram acelerar as negociações para fechar acordos que já etsão avançados em áreas como proteção civil, meteorologia ou ambiente.

Por outro lado, os dois países decidiram avançar com as reuniões técincas sobre temas como a energia, o com+ercio e investimento e propriedade intelectual.

Desde que foram restabelecidas as relações entre Cuba e os Estados Unidos, houve 24 visitas de alto n+ivel bilaterais, foram assinados 12 acordos em áreas de interesse comum como aviação civil, ambiente ou saúde, outros 12 acordos estão em fase avançada de negociação, realizaram-se 40 encontros t+ecnicos e foram feitos 1.200 intercâmbios académicos e culturais, segundo disse Josefina Vidal.

Por outro lado, o número de turistas norte-americanos em Cuba entre janeiro e outubro chegou aos 208 mil, mais 68% do que no mesmo período de 2015, e as viagens de cubanos que vivem nos EUA à ilha foram 248 mil, mais 4%.

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