Detido no Brasil presumível líder de grupo criminoso colombiano procurado pelos EUA

por Lusa

Um presumível chefe de uma organização criminosa na Colômbia, procurado pelos Estados Unidos pela sua ligação a um grupo de narcotráfico, foi detido, esta quinta-feira, no Brasil, informaram fontes oficiais.

Eduard Fernando Cardoza Giraldo, conhecido como "Boliqueso", sinalizado pelas autoridades colombianas como chefe de uma perigosa organização criminosa que atua na cidade de Cali, foi localizado em Ribeirão Preto, no estado de São Paulo, indicou a Polícia Federal brasileira.

O colombiano, cuja extradição foi solicitada pelos Estados Unidos por estar ligado à organização de narcotraficantes conhecida como Clan Úsuga, foi detido num hotel em Ribeirão Preto, depois de agentes federais brasileiros terem seguido a sua mulher.

A busca por Cardoza Giraldo, por cuja captura as autoridades norte-americanas ofereciam uma recompensa de cinco milhões de dólares, iniciou-se na véspera, quando as autoridades colombianas informaram a Polícia Federal da viagem para o Brasil da mulher do presumível líder do gangue.

Após entrar no Brasil, por Tabatinga, cidade amazónica fronteiriça com a colombiana Leticia, a mulher foi vigiada até ao seu desembarque no aeroporto de Ribeirão Preto, onde a esperavam dois homens que a conduziram para um hotel.

A Polícia Federal seguiu-os, levando a cabo uma operação no hotel onde o suposto narcotraficante aguardava pela mulher.

"Ele identificou-se com um documento falso, mas quando lhe comunicaram a detenção, admitiu que era o narcotraficante procurado internacionalmente", afirmou em conferência de imprensa o comissário da Polícia Federal em Ribeirão Preto, Víctor Hugo Rodrigues Alves.

Segundo o mesmo responsável, Cardoza Giraldo conseguiu eludir as autoridades dos Estados Unidos, que o acusaram formalmente em julho do ano passado, e desde então desconhecia-se o seu paradeiro.

"Trata-se do chefe de uma organização na distribuição de cocaína nos Estados Unidos, mas o seu gangue não é acusado apenas de tráfico de droga, mas também de assassínios e massacres de civis e polícias", acrescentou o mesmo responsável.

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