Dhlakama aceitou depor as armas para evitar "banho de sangue"

por Daniel Belo

Foto: reuters

Foi para evitar um banho de sangue que o líder da RENAMO mandou entregar armas da guarda pessoal de modo a evitar um banho de sangue.

A polícia cercou a casa de Afonso Dhlakama na Beira, centro de Moçambique. Foram disparados alguns tiros e granadas de gás lacrimogénio. O cerco só acabou quando a guarda pessoal de Dhlakama aceitou depor as armas.

O líder da RENAMO explicou que se decidiu pela entrega das armas para evitar um banho de sangue, que esteve quase a acontecer.

O líder da RENAMO exigiu a libertação imediata dos elementos da guarda pessoal que foram detidos.

Moçambique vive novos momentos de incerteza política provocada pela recusa da Renamo em reconhecer os resultados das eleições gerais de 15 de outubro do ano passado, e pela sua proposta de governar nas seis províncias onde reclama vitória, sob ameaça de tomar o poder pela força.

A delegação da União Europeia em Moçambique expressou preocupação com o que aconteceu e espera que estes acontecimentos não venham a deteriorar a já complicada situação política no país.
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