Washington, 24 jun (Lusa) -- Aparelhos norte-americanos bombardearam posições talibãs no sul do Afeganistão numa confirmação de uma atitude mais agressiva face aos rebeldes e decidida pela administração do presidente Barack Obama, indicou hoje o Pentágono.
"Foram realizadas operações" em aplicação das novas instruções fornecidas às forças norte-americanas no Afeganistão, indicou em conferência de imprensa o porta-voz do Pentágono, Peter Cook.
O porta-voz referiu-se apenas a "ataques aéreos" no "sul do Afeganistão", sem mais detalhes.
Desde o fim oficial das operações de combate da NATO no Afeganistão em dezembro de 2014, as forças norte-americanas e da Aliança apenas estão autorizadas a utilizar o seu armamento para se defenderem, ou em casos extremos para auxiliarem o exército afegão.
No entanto, a administração Obama decidiu em 10 de junho aligeirar as regras de envolvimento dos aviões de combate norte-americanos, autorizados a bombardearem os talibãs em apoio às ofensivas do exército afegão.
O exército afegão não possui aviões e helicópteros suficientes para apoiar as suas forças no terreno, e apenas pode recorrer a alguns aviões de ataque ao solo a-29 fornecidos pelos EUA, e helicópteros ligeiros MD-530.
Este envolvimento mais agressivo era exigido há meses pelos militares norte-americanos, confrontados com os sucessivos recuos das forças afegãs no terreno, e ao avanço dos talibãs.
As forças afegãs perderam mais de 5.000 em 2015 nos combates com os insurretos, e cederam em diversas regiões do país.
No Afeganistão permanecem 9.800 soldados norte-americanos, confinado no essencial a uma função de aconselhamento e treino das forças afegãs.
