Familiares das vítimas do MH370 pedem que as buscas continuem

por Lusa

Sydney, Austrália, 22 jan (Lusa) -- Os familiares dos passageiros do avião da Malaysia Airlines desaparecido há quase três anos vão apelar hoje para que as buscas continuem, aproveitando um encontro entre os ministros dos Transportes da Austrália e da Malásia.

A Austrália, Malásia e China anunciaram na terça-feira que as equipas deram por concluída sem êxito a busca do avião que operava o voo MH370, após mapearem uma área de 120.000 quilómetros quadrados no oceano Índico em busca do Boeing 777 que desapareceu a 08 de março de 2014 com 239 pessoas a bordo, depois de descolar de Kuala Lumpur rumo a Pequim.

"Os parentes próximos [dos passageiros do voo] MH370 imploram ao governo da Malásia para aproveitar esta oportunidade para analisar e reconsiderar urgentemente a decisão de suspender as buscas", afirmou o grupo Voice370 em comunicado.

A organização de familiares das vítimas indicou que "cartas de muitos parentes próximos apelando para a continuação das buscas vão ser pessoalmente entregues ao ministro dos Transportes da Malásia durante a sua visita a Perth".

"Eu compreendo a desilusão e a frustração sentidas pelas famílias", afirmou o ministro dos Transportes da Austrália, Darren Chester, em comunicado, indicando que a decisão tripartida de suspender as buscas -- em face da ausência de novas pistas credíveis sobre a localização do avião -- "não foi tomada de forma ligeira".

O encontro com o seu homólogo malaio, Liow Tiong Lai, foi informal, de acordo com o mesmo comunicado.

Na segunda-feira, os dois ministros devem encontrar-se na cidade de Perth com a tripulação do Fugro Equator -- o último barco a deixar o perímetro de buscas ao largo da costa oeste da Austrália.

Chester deixou a porta aberta à possibilidade de futuras operações, depois de na quarta-feira ter afirmado que as buscas poderiam ser retomadas no caso de surgirem "evidências novas e credíveis" relativamente à localização do avião.

No comunicado que emitiu, o grupo de familiares dos passageiros do MH370 assinala que as buscas submarinas (200 milhões de dólares australianos ou 141 milhões de euros) custaram menos do que o Boeing 777-200.

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