Fidel sobreviveu aos autores do seu obituário

por RTP
Reuters

De forma mais literal ou menos literal, o líder da revolução cubana sobreviveu a vários dos jornalistas americanos que prepararam o seu obituário. Um reformou-se, outro mudou de jornal e um deles morreu há já dez anos.

Na recta final da década passada muitos apontavam para a morte de Fidel Castro a qualquer momento. Quando as especulações apontaram para uma doença oncológica, o que nunca foi confirmado por Havana, as redacções apressaram-se a adiantar trabalho.

Foi o que aconteceu nas redacções de New York Times, Los Angeles Times e Washington Post.

De quando em vez, novos rumores: Fidel está pior, Fidel foi novamente operado, Fidel está muito fragilizado, Fidel já não surge em público há não sei quantos meses…

Era avisado ter o obituário preparado. Segundo “The Hill”, o NYT, o LA Times e o WaPo tinham o trabalho de casa feito.

Dos quatro autores que trabalharam nos três obituários do líder cubano apenas um se mantém no mesmo jornal. É Kevin Sullivan, que com J.Y. Smith fez o trabalho para o Washington Post. Smith morreu em 2006.

Anthony DePalma, que escreveu o obituário para o The New York Times, deixou o NYT em 2008. Carol J. Williams, do LA Times, deixou o jornal no ano passado, quando se mudou para o Chicago Tribune.
pub