Um tribunal de Tripoli condenou à morte Saif al-Islam, delfim de Muammar Kadhafi. É o fim de um processo que começou em 2011 com a revolta que depôs o ditador líbio, ao cabo de 40 anos no poder. O seu homicídio nas ruas seria transmitido quase em directo pelas televisões.
O caso relativo a Saif al-Islam não se encontra todavia encerrado, uma vez que este foi julgado in absentia.
Está desde 2011 nas mãos de milícias que se opõem às autoridades que de momento dominam Tripoli. Esta facção, das milícias Fajr Lybia, não tem contudo o reconhecimento da comunidade internacional.
De resto, a Líbia pós-Kadhafi revelou-se uma manta de retalhos onde reina o caos, com as estruturas reconhecidas internacionalmente acantonadas no leste do país.
Depoimento à distância
Saif acabou, nestas condições, por depor via teleconferência a partir de Zenten.
As acusações contra o herdeiro de Kadhafi e restante grupo vão desde homicídio, pilhagem e sabotagem a atos contra a união da nação e cumplicidade no recrutamento de mercenários africanos.
Nos dias que desembocaram na execução sumária de Muammar Kadhafi, foi executado pelos revoltosos outro dos seus filhos. O clã teve de deixar o país.