Forças iraquianas lançam grande ofensiva para libertar Mosul

por Jorge Almeida - RTP
Azaed Lashkari - Reuters

As tropas iraquianas com o apoio dos Estados Unidos estão a 60 quilómetros de Mosul. Esperam libertar a cidade do ISIS até ao final do ano.

Os Humvees do exército iraquiano estão a avançar em direção à cidade de Al-Quayyara, a última fronteira para o ataque derradeiro a Mosul. O último grande bastião no Iraque do autoproclamado Estado Islâmico.

Segundo a CNN, o ISIS está a tentar reduzir a visibilidade dos soldados com nuvens de fumos provenientes de navios petroleiros que foram incendiados pelos terroristas.

Colunas de fumo erguidas pelo ISIS para travar as forças iraquianas. Foto: Azad Lashkari - Reuters

As forças iraquianas estão agora a cerca de 60 quilómetros de Mossul e garantem que até ao final do ano vão recuperar a cidade que está ocupada há dois anos pelo Daesh.

Desde Abril que o exército iraquiano fez avanços significativos na guerra contra o ISIS. O cerco a Mosul tem vindo a apertar-se cada vez mais.

Em julho, os soldados conquistaram a base aérea de Qayyara, a terceira maior do Iraque e um importante ponto estratégico militar.
ISIS está a perder combatentes estrangeiros
O General Najim al-Jobouri, o comandante das forças do Iraque, afirmou que “os soldados sentem que o ISIS está a enfraquecer. Antes a maioria dos combatentes eram estrangeiros, agora são uma mistura de estrangeiros e locais”.

A maior preocupação de al-Jobouri é a população civil de Mosul. Pelo menos um milhão de pessoas permanece nas garras da organização terrorista que é conhecida por usar civis como escudos humanos.
ONG alertam para a “catástrofe humanitária do século” em Mosul
No Curdistão iraquiano, o campo de refugiados de Debaga aumentou cinco vezes de tamanho nos últimos quatro meses. “Eles fogem do conflito e chegam aqui traumatizados e exaustos. Não somos capazes de fornecer toda a ajuda que necessitam”, afirmou Elisabeth Koek, do Conselho Norueguês de Refugiados.

Foto: Reuters

Existem outros problemas. Os terrenos são alugados pelo Governo regional curdo do Iraque. Depois de um apelo urgente de ajuda feito em Julho, conseguiu-se 284 milhões de dólares mas é urgente que essa quantia seja disponibilizada. “Quando acontece um deslocamento em massa, a crise humanitária atinge níveis incontroláveis”.

Neste momento existem várias linhas da frente. A norte e a leste de Mosul estão a avançar as forças curdas peshmerga enquanto que a sul progride o exército iraquiano com o apoio dos Estados Unidos.
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