Fotos de caçadora com girafa morta provocam revolta nas redes sociais

por RTP
“Consegui uma girafa surpreendente. Um animal tão incrível!!", escreveu a caçadora Sabrina Corgatelli, Facebook

Sabrina Corgatelli publicou fotografias ao lado de uma girafa morta, na África do Sul. O ato da caçadora americana fez com que muitos utilizadores do Facebook deixassem comentários ofensivos.

Depois da controvérsia à volta da morte do leão Cecil, as fotografias de Sabrina Corgatelli com uma girafa que caçou invadiram as redes sociais. Várias pessoas partilharam as imagens e fizeram comentários de ódio.

Durante a sua viagem na África do Sul, a caçadora de Idaho tirou fotografias ao lado de vários cadáveres de animais. Entre eles estava uma girafa, uma impala, um wart hog e um kudu.

Sabrina andava a contar os dias para a viagem e foi partilhando tudo na sua cronologia. O destino foi o Parque Nacional Kruger.

No primeiro dia, mostrou-se ao lado de um kudu, um tipo de antílope africano com chifres. “Dia 1 tenho o #1 dos animais na minha lista!! Que belo Kudu!! Isto é completamente a caça de uma vida!! Memórias incríveis”, descreveu.


No segundo dia da viagem, Corgatelli publicou quatro imagens. Em três delas estava ao lado da girafa que matou.

“Consegui uma girafa surpreendente. Um animal tão incrível!! Não podia estar mais feliz!! A minha emoção depois de a matar foi um sentimento que nunca vou esquecer”, escreveu na legenda.

Numa das últimas partilhas, escreveu: “Outro grande troféu!!! Um belo Gnu azul!! Um grande obrigada aos rapazes do Old Days Safari”, quando colocou fotografias com o animal.
“A definição de nojento”
As imagens provocaram muitas reações de indignação por parte de alguns defensores dos animais. No seu perfil as pessoas fizeram comentários a chamá-la “demente”, “insensível” e “a definição de nojento”.

Num comentário, uma mulher perguntou se foi permitido fotografar os animais. Sabrina respondeu: “Há zonas em África que não pode, mas onde eu estou é completamente legal”.

A página pública da caçadora atingiu mais de nove mil “gostos”.

Luís, um porta-voz da empresa Old Days Safari, confirmou ao Telegrafh que tinha hospedado a caçadora para a sua viagem de duas semanas, mas recusou-se a comentar.

Estas publicações surgem dias depois da notícia de Walter Palmer ter morto o leão. O Zimbabué restringiu a caça após a morte de Cecil, pediu a extradição do dentista e deteve o guia que acompanhou a caçada.
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