O ministro do Interior de França, Bernard Cazeneuve, revelou esta quarta-feira os detalhes do plano de segurança em torno da POC21 que se vai iniciar na próxima segunda-feira.
A França espera 147 chefes de Estado e de Governo a 30 de novembro, para a abertura da Cimeira sobre o clima, que deverá tentar um acordo global de medidas para combater o aquecimento atmosférico.
Já está confirmada a presença do Presidente norte-americano Barack Obama e do Presidente chinês Xi Jinping, responsáveis máximos de dois dos países que mais emitem gases que contribuem para o chamado "efeito de estufa".
O elevado número de líderes faz desta cimeira uma das mais importantes reuniões jamais realizadas fora das Assembleias Gerais da ONU em Nova Iorque. Realiza-se também meras duas semanas depois dos piores atentados terroristas em Paris desde a II Grande Guerra, que mataram 130 pessoas e feriram outras 350.
"No contexto de ameaças muito elevadas, o êxito da COP 21 passa também pela otimização da segurança desta manifestação", afirmou Cazeneuve em conferência de imprensa. "Tudo foi feito para garantir a segurança da Conferência!, acrescentou.
Cerca de 120.000 polícias, agentes e militares estão mobilizados "em todo o território" francês depois dos atentados de 13 de novembro.
Desde essa data que a França está em estado de emergência e o Governo francês proibiu as grandes manifestações em lugares públicos, em especial uma prevista para domingo, na véspera do início da POC21 e organizada por ambientalistas. Outra marcha, marcada para 12 de dezembro, após o encerramento da cimeira, foi igualmente anulada.
Tanto Bernard Cazeneuve como a presidente da Câmara de Paris, Anne Hidalgo, pediram aos habitantes da capital francesa para deixar o carro em casa no domingo e na segunda-feira, dias em que os transpores públicos serão gratuitos.