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Homem raptado no interior da sua residência na capital moçambicana

por Lusa

Maputo, 25 nov (Lusa) - Um homem foi raptado na terça-feira, na capital moçambicana, Maputo, por desconhecidos quando estacionava no interior da sua residência, um crime registado por câmaras de videovigilância instaladas no local.

Contactado hoje pela Lusa, o Consulado-Geral de Portugal em Maputo disse não ter informações sobre a nacionalidade da vítima, identificada pela imprensa local como um empresário de origem indiana.

Nas imagens, difundidas na imprensa moçambicana e nas redes sociais, vê-se o carro da vítima a entrar na sua moradia, no bairro do Triunfo, e, em poucos segundos, quatro homens conseguem também passar para o interior da casa antes que o portão eletrónico fechasse.

Os atacantes forçaram então a vítima a sair de casa e a entrar numa outra viatura que entretanto apareceu para a levar daquele bairro residencial.

O porta-voz do comando da Polícia da República de Moçambique em Maputo, Orlando Modumane, disse à Lusa não ter ainda recebido qualquer queixa, mas afirmou que tomou conhecimento do caso pelas redes sociais e está a investigar.

A cidade de Maputo tem sido assolada por raptos desde 2012, atingindo dezenas de pessoas, incluindo cidadãos portugueses, mas é a primeira vez que um caso aparece integralmente documentado em imagens.

Apesar de várias pessoas terem sido condenadas a pesadas penas, este tipo de crime, que também afeta outras cidades moçambicanas, continua e as vítimas têm sido libertadas em circunstâncias que a polícia normalmente não explica, o que sugere o pagamento de elevadas somas de resgate.

Até ao início de outubro, Maputo vinha registando um período de alguma tranquilidade em relação a este tipo de crime, depois de, no primeiro trimestre, quatro pessoas, incluindo três de nacionalidade portuguesa, terem sido raptadas no coração da capital.

Um dos raptos ocorreu na mesma manhã em que o Presidente da República, Filipe Nyusi, discursava durante uma cerimónia de graduação de oficiais da polícia, exigindo uma resposta adequada e oportuna ao crime organizado.

As vítimas acabaram por ser todas libertadas e bem de saúde, sem detalhes fornecidos pelas famílias ou pelas autoridades.

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