Investigação em Munique inclina-se para fanático interessado em tiroteios

por RTP
Dois efetivos da polícia alemã, equipados com coletes à prova de bala, patrulham uma rua de Munique Arnd Wiegmann - Reuters

O atirador de Munique não era conhecido dos serviços de polícia e tinha o cadastro completamente limpo. No entanto, o jovem necessitaria de cuidados médicos e psiquiátricos. Estas são as primeiras respostas trazidas a público este sábado pelas autoridades da Baviera, na sequência do ataque da tarde de sexta-feira.

Em conferência de imprensa, o procurador de Munique esclareceu que o atirador, um germano-iraniano de 18 anos, sofria de depressão.

A investigação inclina-se agora para a hipótese de o jovem ser fanático, tendo sido encontrados elementos que provam o seu interesse em tiroteios e massacres. As autoridades germânicas admitem que o atacante se tenha inspirado no massacre de Utoya.

Aliás, os acontecimentos de sexta-feira aconteceram precisamente cinco anos depois de Anders Breivik ter abatido 77 pessoas que estavam num acampamento de jovens socialistas. “Essa ligação é plausível”, afirma mesmo o chefe da polícia de Munique.

As autoridades não encontraram qualquer ligação entre o jovem atirador e o autoproclamado Estado Islâmico. E enfatizam que a investigação ainda está em curso, pedindo cuidado na divulgação de informações não confirmadas.

O chefe da polícia de Munique, Hubertus Andrä, excluiu qualquer ligação deste ataque à “temática dos refugiados” e garantiu que não há motivos para não visitar a capital da Baviera, ou cancelar eventos.
Investigação em curso
Estas são as primeiras respostas dadas pelas autoridades germânicas este sábado na sequência dos acontecimentos que tiveram início ao fim da tarde de sexta-feira. O atirador matou pelo menos nove pessoas e causou ferimentos a outras 27.

Os governos de Pristina e Ancara esclareceram já que três das vítimas mortais são albanesas e três são turcas. Uma das vítimas mortais tinha nacionalidade grega.

O tiroteio teve início ainda não eram 17h00 em Lisboa diante de um restaurante Mc Donald’s, passando depois para um centro comercial vizinho. Munique parou perante os acontecimentos: sem transportes públicos, sem civis nas ruas e com um pesado dispositivos policial, apoiado por helicópteros que sobrevoavam a zona norte da cidade.

As autoridades acreditam que o atacante agiu sozinho. As investigações continuam, contando com cerca de oito mil elementos da polícia. É preciso, nomeadamente, perceber como o germano-iraniano teve acesso às munições – cerca de 300 – e à arma utilizada.
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