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Jornalista húngara que agrediu refugiados enfrenta pena de prisão

por RTP
Marko Djurica, Reuters

Correram mundo as imagens de uma jornalista húngara, de câmara em punho, a rasteirar e derrubar um refugiado com o filho pequeno ao colo. Foi despedida e agora irá responder em tribunal pela agressão.

A repórter de imagem Petra László, da estação de televisão N1TV, alegadamente ligada ao partido de extrema-direita Jobbik, foi filmada por uma outra câmara quando, a meio do seu trabalho, aproveitou para rasteirar um refugiado em fuga, derrubando-o a ele e ao filho pequeno que levava ao colo.

As imagens da agressão foram partilhadas no Twitter por um repórter da televisão alemã RTL, Stephan Richter. A cena ocorreu na aldeia fronteiriça húngara de Roszke, mas logo correu mundo, com uma existência viral nos media e nas redes sociais.

Confrontada com as imagens a N1TV logo despediu Petra László, por "comportamento inaceitável". O director de informação da N1TV, Szabolcs Kisberk, declarou: "O emprego da repórter de imagem acabou hoje com efeito imediato. Para nós, o caso está encerrado". A N1TV nega qualquer ligação ao Jobbik.

Mas, para Petra László, as coisas podem não ficar por aí: as organizações húngaras de direitos humanos, nomeadadamente a Együtt-PM, e os partidos de oposição do Forum Democrático anunciaram que irão apresentar uma queixa contra a jornalista, por crime com moldura penal que pode ir até cinco anos de prisão.
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