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Julian Assange divulgou respostas sobre alegada violação

por Jorge Almeida - RTP
Peter Nicholls - Reuters

O fundador do wikileaks divulgou o interrogatório a que foi submetido na Embaixada do Equador em Londres, sobre a acusação de violação que é alvo.

O caso remonta a Agosto de 2010 quando uma mulher sueca acusou Julian Assange de violação.

O suspeito recusou prestar depoimentos na Suécia com receio de ser deportado para os Estados Unidos, onde enfrenta uma acusação de espionagem devido à divulgação de documentos confidenciais no wikileaks, do qual é fundador.

Para evitar a deportação, Julian Assange refugiou-se na Embaixada do Equador em Londres, onde se encontra desde junho de 2012

No passado dia 14 de Novembro, foi ouvido na Embaixada por um procurador equatoriano, que estava acompanhado pela procuradora sueca, Ingrid Isgren, e por um inspetor da polícia.

A procuradora sueca, Ingrid Isgren, a chegar à embaixada do Equador em Londres. Foto: Peter Nicholls - Reuters

Para esclarecer a opinião pública da sua inocência, Julian Assange decidiu agora divulgar as suas respostas onde faz um relato detalhado do encontro em Agosto de 2010 com a mulher que o acusa de violação.

“Quero que as pessoas saibam a verdade sobre este processo e como ele tem sido abusivo”, afirmou Assange.

A divulgação das repostas foi contra a vontade da justiça sueca.

A procuradora responsável pelo caso, Marianne Ny, insiste que o processo deve manter-se secreto para proteger a autora da acusação. Além disso, existem provas contra Assange, que não lhe foram facultadas.

Apoiantes de Julian Assange em frente à embaixada do Equador em Londres. Foto: Peter Nicholls - Reuters

Um porta-voz da procuradora adiantou ao The Guardian que se espera um relatório formal do interrogatório para decidir qual vai ser o próximo passo.

Por outro lado, Julian Assange desafia a justiça sueca a divulgar as suas respostas e afirma que o interrogatório em Londres não passou de uma armadilha para o acusar.

De acordo com a lei sueca, um interrogatório com o suspeito é considerado essencial para ser produzida uma acusação.
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