Lançada aplicação na Internet para procurar o Boeing 777 da Malaysian Airlines

por RTP
tomnod.com

Ninguém pode garantir quantas pessoas estão a fazer buscas para encontrar o Boeing 777 da Malaysian Airlines desaparecido há cinco dias nos mares asiáticos. Podem ser milhares ou até milhões. Aliás, qualquer pessoa com computador e Internet pode participar nessas buscas. O site tomnod.com lançou uma aplicação para ajudar a encontrar resposta para o desaparecimento do voo MH370. São milhões de quilómetros quadrados de mar fotografados por satélite que podem ser esquadrinhados a partir de qualquer ponto do globo.

Um avião com quase duas centenas e meia de pessoas a bordo, uma das maiores naves da aviação civil, está desaparecido há cinco dias na região da Malásia, mais ou menos a meio caminho entre a Índia e a Austrália. Para adensar o mistério, aparecem indicações de que os telefones dos passageiros continuam a tocar. O que quer isso dizer? Para já, nada, apenas que continuam a tocar e que ninguém atende.O voo MH370 fazia a ligação Kuala Lumpur-Pequim.

O que está agora a ser notícia é a constituição de uma equipa de socorro à escala global, com milhares ou milhões de esquadrinhadores de oceano amadores.

Com um computador ligado à Internet, qualquer pessoa a partir de qualquer ponto do mundo pode ajudar a procurar o voo desaparecido. Basta escrever tomnod.com e seguir os passos do website que está a convocar uma espécie de "crowdsearching" para ajudar a revelar aquele que ameaça tornar-se num dos mais bizarros – além de trágico – casos da aviação das últimas décadas.

De acordo com a informação disponibilizada na Wikipedia, as características visuais que distinguem o Boeing 777 dos outros aviões são: o diâmetro dos motores turbofan (os maiores do mundo), o trem de aterragem com seis pneus cada, para um total de 14 (somados os dois do nariz) e a sua fuselagem circular e comprida. É o maior avião bi-jato do mundo e tem o motor mais potente já produzido.

Oficialmente, uma dezena de países estão envolvidos nas operações de busca e salvamento do voo MH370 da Malaysian Airlines. São 34 aviões e 40 navios a esquadrinhar os mares. Turnos que se sucedem desde a madrugada de sábado (hora portuguesa) à procura de um avião de quase 74 metros de comprimento com capacidade para transportar 368 passageiros; este voo levava apenas 239 pessoas.

Qualquer objecto pode parecer insignificante quando está na água – é o que dizem as equipas de salvamento. Mesmo que se já um avião de 74 metros de comprimento por 64 de envergadura. Azharuddin Abdul Rahman, director-geral da aviação civil da Malásia, fala de “um mistério da aviação sem precedentes”.
Equipas de socorro trabalham sobre cenários muito voláteis
Desde que o avião desapareceu foram aventadas várias hipóteses, desenhados diferentes cenários que por norma enquadram este tipo de acidentes. A dado momento, ainda durante o fim de semana, alguns destes cenários foram alimentados por manchas de óleo descobertas no mar, junto à área em que supostamente o MH370 teria desaparecido dos radares ara se despenhar no mar. Posteriormente, as equipas enviadas para o local chegaram à conclusão de que não se tratava de combustível de avião mas de derrames dos muitos petroleiros que atravessam a zona.

Apontou-se também nesta altura o roubo de dois passaportes que estariam na posse de dois dos passageiros inscritos na lista de embarque. Era a pista terrorista. Também aqui as autoridades malaias esclareceriam depois que se tratava de dois iranianos cujo objectivo era apenas o de se juntarem á família em Frankfurt, na Alemanha.

O que ficou de todos estes cenários foi a indicação da Marinha malaia de que os pilotos do avião terão dado indicação de querer regressar. O facto parece já comprovado: o Boeing 777 mudou de rota a dado momento. O que terá já levado a transferir a zona de buscas do largo do Vitnam para Oeste, no Estreito de Malaca.




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