Líderes de 195 países em Paris para reagir à revolução do clima

por João Ferreira Pelarigo - RTP
François Hollande e Ban Ki-moon na Cimeira do Clima, em França Christian Hartmann - Reuters

A cimeira das Nações Unidas sobre o clima junta esta segunda-feira representantes de 195 países em França. O objetivo é, uma vez mais, obter um acordo mundial que permita reduzir as emissões de carbono. A COP21 termina a 11 de dezembro.

É esperado que saiam deste evento várias iniciativas e ideias que promovam a procura e utilização de tecnologias "limpas", com vista à redução das emissões de gases com efeito de estufa.
Nuno Rodrigues, Arlinda Brandão - Antena 1

Pretende-se que até 2100 a temperatura média do planeta não suba mais do que dois graus.

"Vai ser um momento de viragem, que é o que o mundo precisa", afirmou durante o fim de semana Laurent Fabius, o ministro dos Negócios Estrangeiros de França, citado pela BBC.

A representar Portugal na 21ª conferência da ONU sobre o clima estão o primeiro-ministro, António Costa, e o ministro do Ambiente, João Matos Fernandes, que dizem alinhar com a União Europeia nesta batalha diplomática pelo ambiente.

Em termos de segurança, depois dos atentados de Paris do dia 13 de novembro, as autoridades francesas tomaram medidas apertadas para este evento. O policiamento foi reforçado com quase três mil polícias e militares no local onde decorre a reunião.

No domingo, a polícia deteve 178 pessoas por desacatos, após vários confrontos entre as autoridades e a população, que tinha planeado uma marcha pelo clima em Paris.
Energias limpas
Os líderes mundiais - entre eles o norte-americano Barack Obama, o britânico David Cameron, o chinês Xi Jinping, o russo Vladimir Putin e o indiano Narendra Modi - vão discutir a utilização de energia e tecnologias "amigas do ambiente".

Por exemplo, um plano de 20 países, incluindo os EUA, França e Índia, chamado "Missão Inovação" prevê a duplicação do investimento destes países na procura de energias limpas nos próximos cinco anos.
Bill Gates e Mark Zuckerberg também vão investir em projetos de energias limpas todos os anos, a partir de 2020.
Também Alemanha, Noruega, Suécia e Suíça pretendem criar um fundo para incentivar medidas de redução de emissões poluentes nos países em desenvolvimento investindo em energias renováveis e eficiência.

Segundo o Banco Mundial, têm uma dotação prevista de 500 milhões de dólares para aquele plano.

França e Índia vão igualmente apresentar um projeto de aliança global que prevê que 100 países tropicais expandam a utilização da energia solar, visto que são ricos nesta matéria.
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