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Liubliana põe exército na fronteira para controlar maré de refugiados

por RTP
Dado Ruvic, Reuters

Na rota entre o Mediterrânio e a Alemanha, a Eslovénia é um dos pontos de passagem para os refugiados – na sua maioria sírios em fuga da guerra – que pretendem chegar à Europa Central. Face ao intensificar de famílias que chegam através da Grécia, Bósnia e - por último - Croácia, o governo esloveno decidiu agora colocar efetivos do exército ao lado da polícia nos controlos fronteiriços. Falta a luz verde do Parlamento.

No final de uma reunião de emergência, a equipa do primeiro-ministro Miro Cerar decidiu submeter ao Parlamento um pedido no sentido de mobilizar o exército para operações de controle das fronteiras.


Mais de 8.000 refugiados entraram na Eslovénia durante o dia de ontem. Destes, 2.000 seguiram rumo ao Norte, para a Áustria.
“O fluxo de migrantes nos últimos três dias excedeu toda a capacidade de gestão”, explicou o executivo em comunicado. Caberá agora ao parlamento passar essa autorização para que os militares possam – face a circunstâncias especiais - desempenhar “tarefas adicionais”.

A reunião desta noite foi desencadeada pela chegada às fronteiras do país com a Croácia de milhares de migrantes, fluxo que terá ultrapassado a quota diária eslovena e levou as autoridades a barrarem a entrada a um milhar de pessoas.

Liubliana teme que, a manter-se este afluxo de pessoas em direção ao país, venha a verificar-se uma concentração descontrolada de migrantes em torno das fronteiras.
Portugal envia SEF para registar refugiados

No final da semana passada, ficou decidido em Portugal que 12 inspectores do SEF (Serviço de Estrangeiros e Fronteiras) irão apoiar as autoridades gregas e italianas na identificação e registo de refugiados.Portugal deverá receber o primeiro grupo de refugiados entre a última semana de outubro e a primeira de novembro.

A decisão de fazer viajar os inspetores para o outro lado do Mediterrânio é uma resposta a um pedido feito pela Frontex (agência europeia de gestão de fronteiras) aos Estados-membros da União Europeia.

Os inspetores do SEF - participaram desde o início do ano em operações conjuntas da Frontex – deverão ser colocados nos centros de refugiados de Itália e Grécia nos meses que se seguem.

Portugal deverá receber a qualquer momento o primeiro grupo de refugiados. A Comissão Europeia anunciou a meio da semana passada que os próximos voos de recolocação deverão decorrer nesta semana – são 100 pessoas com destino a Portugal, Espanha, Finlândia, Alemanha e França.


(c/ Lusa)
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