O antigo Presidente brasileiro Lula da Silva apelidou de "meninos" os procuradores que o acusam de corrupção e lavagem de dinheiro e disse que as acusações se tornaram os seus principais "cabos eleitorais" perante uma possível candidatura às presidenciais.
"Se eles pensavam que me perseguindo ou perseguindo o PT evitariam que seja candidato em 2018 (...). Eu não era candidato, mas se transformaram em meus principais cabos eleitorais", disse Lula, durante um evento em apoio a Jandira Fegalhi, candidata do Partido Comunista do Brasil a presidente da câmara do Rio de Janeiro.
Na semana passada, o juiz federal Sérgio Moro aceitou a denúncia formal apresentada pelo Ministério Público contra Lula, acusado de ter recebido favores de uma das empresas beneficiadas por desvios na petrolífera estatal Petrobras.
Segundo o Ministério Público, em troca de favorecimentos com contratos para obras em refinarias da Petrobras, a construtora OAS, condenada por desvios na empresa estatal, aceitou fazer obras e mobilar um apartamento de praia pelo qual Lula só pagou um valor inicial, bem como pagar por cinco anos o depósito de arrendamento pelo ex-presidente.
"Sou um cidadão indignado porque não posso aceitar as ofensas de um menino procurador que diz que formei uma quadrilha para governar o país", disse Lula, alegando que as acusações do procurador Deltan Dallagnol, que chegou a indicá-lo como o "comandante máximo" da rede de corrupção da Petrobras, respondem a interesses políticos.
