Madeleine Albright quer converter-se ao Islão para contestar medidas de Trump

por Inês Geraldo - RTP
Reuters

A antiga secretária de Estado norte-americana revelou na rede social Twitter querer converter-se ao Islão para contestar a medida que Donald Trump instaura sobre a comunidade muçulmana nos Estados Unidos, que consiste no registo obrigatório da sua religião.

Na rede social Twitter, Madeleine Albright disse ter sido criada como católica descobrindo mais tarde que a sua família era de origem judia. Nascida na República Checa, a antiga secretária de Estado de Bill Clinton andou fugida às atrocidades cometidas por Adolf Hitler durante a II Guerra Mundial.

Albright avisou que está pronta para se converter ao Islão como modo de contestação à nova medida de Donald Trump, que pretende o registo obrigatório de toda a comunidade muçulmana nos Estados Unidos.

“Fui criada como católica, tornei-me parte da Igreja episcopal e mais tarde descobri que a minha família era judia. Estou pronta para ser muçulmana em solidariedade”, pode ler-se no twitter de Maleine Albright.


Este é um acto de protesto contra o novo presidente do Estados Unidos, Donald Trump, que durante a campanha eleitoral em 2016, revelou em várias entrevistas que quer o registo obrigatório de muçulmanos nos EUA para combater o terrorismo dentro do país.

A ideia é que os membros da comunidade muçulmana faça um check-in nos aeroportos e que a sua atividade seja monitorizada enquanto estão no país. Como medida adicional, Donald Trump quer que todos os muçulmanos se registem na imigração. Em entrevistas a vários canais, o novo presidente declarou que esta é uma medida a ser imediatamente instaurada.

A administração Trump pensa também em instaurar uma interdição de 30 dias para refugiados vindos de sete países: Síria, Iraque, Irão, Líbia, Somália, Sudão e Iémen. É também sua intenção recusar vistos a pessoas que sejam consideradas uma ameaça à segurança nacional.

Estando apenas há uma semana na Casa Branca, Donald Trump tem causado polémica por já ter revogado o Obamacare, medida que permite o acesso público à saúde, instaurado por Barack Obama. Nos últimos dias, Trump assinou o decreto que vai permitir a construção de um muro na fronteira norte-americana com o México, com Trump a garantir que será o executivo mexicano a pagar a fatura.
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