"Marcelo pode ser instrumental para a aproximação das partes (em Moçambique)"

por João Fernando Ramos, Rui Sá

Marcelo Rebelo de Sousa quer mediar a crescente tensão político-militar em Moçambique.
O presidente Filipe Nyusi, que esteve em Lisboa para a tomada de posse de Marcelo, propôs reatar o diálogo ao mais alto nível.
Afonso Dhlakama impôs uma série de condições prévias - O envolvimento da União Europeia, do governo Sul Africano e da igreja católica, são as mais importantes.
Fernando Jorge Cardoso, membro do Instituto de Estudos Estratégicos e Internacionais, lembra no Jornal 2 "que a Renamo tem real capacidade de desestabilizar a situação político-militar no país", mas avança com uma certeza - " uma nova guerra civil não é provável". O problema, afirma o professor universitário, é que "a instabilidade, e as ameaças, afastam potenciais investidores internacionais".
O especialista acredita que "a visita de (Marcelo Rebelo de Sousa) pode ser instrumental para a aproximação das partes (em Moçambique)".
Antes da partida para a visita de quatro dias a Maputo o Presidente da República teve esta segunda feira uma reunião em Roma com a Comunidade de Santo Egídio - os responsáveis pela mediação dos acordos de paz entre a Renamo e a Frelimo em 1992.

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