Metade dos ecossistemas terrestres da Colômbia em perigo

por Lusa

Metade dos ecossistemas da Colômbia encontra-se em perigo ou em estado crítico, devido sobretudo à expansão das zonas agrícolas que ameaçam a biodiversidade, segundo um estudo de um centro de investigação especializada.

"As causas da redução de áreas significativas incluem a expansão da fronteira agrícola e a má conservação dos ecossistemas originais no mosaico de paisagens rurais e urbanas do país", indica o estudo intitulado "Biodiversidade 2015", elaborado pelo Instituto Humboldt.

Segundo o documento, a Colômbia agrega 81 ecossistemas terrestres numa superfície total de mais de 75 milhões de hectares, ou seja, o equivalente ao tamanho da Turquia.

Mas 18 deles (885.562 hectares) encontram-se em grave perigo, 17 em perigo, 15 num estado vulnerável e 31 numa situação moderadamente preocupante.

"Se os ecossistemas se encontram gravemente alterados ou degradados, as condições de vida das comunidades que deles beneficiam e as metas do desenvolvimento do país ver-se-ão afetados", refere o relatório dos investigadores daquele instituto.

Detalha ainda que 34% dos ecossistemas colombianos "foram alvo de transformações" devido ao assentamento humano e a atividades agrícolas ou mineiras, em particular no centro do país.

Entre 1970 e 2014, a Colômbia perdeu 37,5% de floresta, 24,9% de savana e 15,9% de páramos, que terras fornecem 70% da água do país.

O estudo destaca a riqueza da natureza do país, instando à sua conservação.

Segundo o sistema de informação sobre a biodiversidade da Colômbia, o país é líder mundial em termos de diversidade de aves, o segundo no domínio das plantas, anfíbios e borboletas; o terceiro no número de répteis e palmeiras; e o quarto em diversidade dos mamíferos.

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