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Ministério Público e Polícia Federal vão investigar queda de avião que matou juiz no Brasil

por Lusa

Rio de Janeiro, 20 jan (Lusa) -- O Ministério Público Federal e a Polícia Federal vão abrir investigações para determinar as causas da queda do avião que matou o juiz do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki, divulgou hoje a imprensa brasileira.

De acordo com o portal de notícias G1, pelo Ministério Público Federal (MPF) de Angra dos Reis, que fica no litoral sul do Rio de Janeiro, a investigação foi aberta pela procuradora da República Cristina Nascimento de Melo.

A Polícia Federal (PF) também vai investigar a queda do avião em Paraty e estará sob a responsabilidade do inspetor chefe da PF em Angra dos Reis, Adriano Antônio Soares.

A aeronave em que o Teori Zavascki viajava havia saído na quinta-feira do Campo de Marte, em São Paulo, às 13:01 (15:01 em Lisboa) e o destino era Paraty, no sul do Rio de Janeiro.

Segundo a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) e o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), a aeronave estava com a documentação em dia.

Os corpos do ministro do STF, do empresário Carlos Alberto Fernandes Filgueiras e de uma mulher ainda não identificada chegaram na madrugada de hoje ao Instituto Médico Legal (IML) de Angra dos Reis para análise forense.

Outras duas pessoas que estavam no avião, o piloto Osmar Rodrigues e uma segunda pessoa não identificada, continuam desaparecidas. O Corpo de Bombeiros continua hoje as buscas pelos desaparecidos.

Teori Zavascki foi considerado uma figura central nestas investigações de corrupção, já que tinha a responsabilidade de homologar as delações premiadas (fornecimento de informações importantes em troca da redução da pena) fornecidas pelos envolvidos nos processos no STF.

Antes do acidente, o juiz trabalhava nas informações colhidas em delações premiadas de mais de 70 quadros de topo da construtora Odebrecht, consideradas cruciais já que informações vazadas à imprensa sobre as revelações já envolveram o próprio Michel Temer, o ex-Presidente Lula da Silva e dezenas de políticos brasileiros.

De acordo com o portal G1, é provável que ocorra alguma mudança no calendário da Lava Jato, porque o próximo passo é o da homologação da delação premiada da Odebrecht -- prevista para os primeiros dias de fevereiro --, que pode sofrer algum atraso até que seja designado um novo relator para tratar dos processos contra políticos no STF.

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