Ministros europeus querem patrulhas e bilhetes com nomes nos comboios internacionais

por Lusa

Paris, 29 ago (Lusa) -- Ministros europeus apelaram hoje para a criação de patrulhas multinacionais e a utilização de bilhetes com os nomes dos passageiros nos comboios internacionais de longa distância na sequência do ataque `jihadista` frustrado de há uma semana.

As medidas integram uma declaração comum divulgada no final de uma reunião em Paris de ministros de nove países, que pediram igualmente à Comissão Europeia para reforçar a legislação sobre armas de fogo e aos serviços de informações para intensificarem a sua cooperação.

O aumento do controlo de passageiros e bagagens nas principais estações de comboio também foi pedido, no sentido de se reforçar a segurança depois do ataque no dia 21 num comboio de alta velocidade, que fazia a ligação entre Amesterdão e Paris e que foi impedido por passageiros.

A França, Alemanha, Reino Unido, Itália, Espanha, Bélgica, Luxemburgo, Holanda e Suíça consideram ainda "indispensável realizar operações de controlo simultâneas e coordenadas em determinadas rotas", declarou o ministro do Interior francês, Bernard Cazeneuve, lendo a declaração.

Os 26 países da zona Schengen aboliram as fronteiras físicas e o princípio da livre circulação de pessoas não permite a reintrodução do controlo sistemático nas fronteiras.

O jovem marroquino que abriu fogo a bordo do comboio está em prisão preventiva. Foi acusado de tentativa de homicídio de natureza terrorista, de posse de armas e de "participação em associação terrorista com vista à organização de um ou vários crimes", segundo as alegações do Ministério Público francês.

Ayoud El Khazzani, de 25 anos, entrou no comboio na Bélgica, armado com uma espingarda de assalto `kalashnikov` e na posse de nove carregadores, uma pistola e um `x-ato`. A intervenção de vários passageiros, entre os quais três militares norte-americanos de férias, impediu o que poderia ter sido um massacre.

 

 

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