O primeiro bebé na Europa com microcefalia associada ao vírus Zika nasceu esta segunda-feira numa maternidade em Barcelona. O menino que nasceu por cesariana está estável e não necessitou de nenhuma reanimação específica. A mãe foi informada das malformações do feto detetadas às 20 semanas de gestação, mas decidiu seguir com a gravidez.
O recém-nascido vai agora ser submetido a estudos clínicos para averiguar o seu estado de saúde. O grau de malformação craniana ainda vai ser medido. “As próximas horas e dias vão ser cruciais para que não surja nenhuma infeção e tudo corra normalmente”, acrescentou em declarações ao jornal El Mundo.
Segundo o especialista, “a microcefalia é uma tradução do cérebro que não cresceu, de modo que não vai funcionar bem e provavelmente terá uma vida muito dependente dos cuidados de saúde pública”.
A mãe, que contraiu dengue e Zika durante uma viagem à América Latina, decidiu levar com a gravidez até ao final, apesar das malformações terem sido detetadas às 20 semanas de gestação, está bem.
“A cesariana correu muito bem. A mãe esteve acompanhada pelo pai e estão ambos muito emocionados e felizes”, afirmou a chefe de obstetrícia do hospital ao jornal El Pais.
Na Catalunha, 21 grávidas foram infetadas com o Zika depois de viagens à América. Cinco delas deram à luz bebés sem qualquer problema associado ao vírus. Este foi o único caso em que os médicos detetaram malformações no feto.
Em Espanha, o número de casos de Zika subiu para 190, dos quais 26 mulheres que estavam grávidas no momento do diagnóstico.
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