NATO interrompe retirada do Afeganistão

por RTP
Soldado alemão, em acção próximo de Kunduz Fabrizio Bensch, Reuters

A degradação do precário equilíbrio político no Afeganistão está a levar a NATO a alterar profundamente o calendário previsto para a retirada de tropas daquele país. Algumas das potências ocupantes prevêem mesmo reforçar os contingentes que lá têm estacionados.

Os ministros dos Negócios Estrangeiros dos países membros da NATO decidiram em Bruxelas manter, para o próximo ano, o mesmo nível de envolvimento no Afeganistão.

Em termos concretos, isto significa que retiradas de tropas previstas para os próximos doze meses serão menos significativas do que estava previsto.

Para alguns países, como é o caso da Alemanha, deverá mesmo ´ser enviados reforçado o contingente estacionado no Afeganistão, segundo o site de Der Spiegel. Em vez dos 850 soldados alemães, passará a haver no Afeganistão 980.

No conjunto, prevê-se que permaneçam naquele país, durante o ano de 2016, cerca de 12.000 soldados de países da NATO - 7.000 dos Estados Unidos e 5.000 dos restantes países.

As signfiicativas reduções de contingente previstas para o próximo ano foram anuladas, ou inclusivamente invertida a tendência, devido ao visível incremento de actividade guerrilheira dos taliban. Uma das acções decisivas dos taliban para alterar aquele planeamento foi o recente ataque à capital provincial que é a cidade de Kundus.

Oficialmente, a intervenção da NATO no Afegnistão já acabou - no final de 2014.
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