Paquistão acusa Índia de matar dois dos seus soldados na fronteira de Caxemira

por Lusa
Danish Ismail - Reuters

O exército paquistanês acusou esta quinta-feira a Índia de ter matado dois dos seus soldados no ataque lançado perto da linha de controlo que divide a disputada região de Caxemira.

"As tropas paquistanesas responderam ao fogo indiano disparando sem provocação na linha de controlo", disse o exército paquistanês, em comunicado, acrescentando que a troca de tiros, que durou entre as 02:30 e as 08:00 da manhã locais (menos cinco em Lisboa), provocou dois mortos entre os soldados do Paquistão.

O exército da Índia anunciou hoje que realizou "ataques cirúrgicos" ao longo da fronteira de facto com o Paquistão, em Caxemira, para frustrar uma série de ataques que estavam a ser planeados contra importantes cidades.

"Algumas equipas de terroristas posicionaram-se em plataformas de lançamento ao longo da Linha de Controlo", disse o tenente-general Ranbir Singh, o diretor-geral das operações militares do exército, em referência à fronteira não oficiosa na dividida região de Caxemira.

"O exército indiano levou a cabo ataques cirúrgicos na noite passada nessas plataformas de lançamento. Baixas significativas foram causadas a estes terroristas e àqueles que estão a tentar apoiá-los", disse o mesmo responsável, aos jornalistas, em Nova Deli.

Caxemira registou, há uma semana, o incidente mais grave dos últimos 15 anos com o ataque a uma base militar indiana por rebeldes, no qual morreram 18 soldados.

Diferentes grupos separatistas combatem, há várias décadas, a presença do exército indiano na região, onde tem perto de meio milhão de soldados, para exigir a independência do território ou a integração no Paquistão.

A Índia e o Paquistão reivindicam a soberania em toda esta região montanhosa, dividida entre os dois países após o fim do domínio britânico em 1947.

Dezenas de milhares de pessoas, na grande maioria civis, morreram no conflito.

 

 

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